A questão amazônia é complexa e sim: os casos de incêndios e desmatamento vêm crescendo nos últimos quatro anos. E estes casos têm sido os algozes recentes da imagem e da reputação do agronegócio brasileiro.

Como a pressão de monitoramento que o ecossistema da Agrotools mantém hoje na Amazônia é expressiva, temos uma perspectiva privilegiada do problema como um todo. Por isso podemos afirmar que, apesar de preocupante, os casos de desrespeito com a floresta, por parte das propriedades rurais fornecedoras, representam menos de 10% dos produtores ativos da região. Portanto, mais de 90% dos produtores estão em “Compliance” com os critérios socioambientais prioritários, e protegem, por conta própria, uma parcela gigantesca de floresta. Mas, além dessa imensa maioria não ter o devido reconhecimento, ainda é massacrada pela opinião pública pois aqueles poucos em “não compliance” mancham a reputação de todo o setor.

Então, como virar esse jogo?

Primeiro, vamos explorar o contexto de negócios nesta escalada de responsabilidades de compra, que vai desde a produção, passa pela originação, processamento e o varejo até chegar ao prato do consumidor em qualquer parte do mundo.

Iniciando pelo fim, vamos ao ditado popular, que diz: “boi não morre no pasto e a soja não termina no silo”. Ou seja: não é porque uma empresa identificou um problema e interrompeu a compra dos bois ou da soja, que a operação de fornecimento não acontecerá. Outras empresas irão fatalmente comprar esses produtos.

Apesar de as empresas de maior porte já terem suas políticas de sustentabilidade e/ou firmarem acordos para adoção de critérios socioambientais em seu processo de originação, ainda há uma boa parte da produção que é comercializada pelos agentes locais e de menor porte atuando sem considerar tais critérios na compra.

Ou seja, por conta de a originação monitorada ser parcial, temos que:

Empresas que, conscientes ou não, estão recebendo os produtos originados de propriedades rurais “sem compliance”, já detectadas por outras que monitoram sua cadeia de fornecimento.

Propriedades rurais que têm problemas de não compliance, sabem disso, e buscam meios de escoar sua produção.

Propriedades que têm problemas de não compliance e ainda não sabem disso e seguem vendendo a produção para empresas que não verificam suas compras quanto aos critérios socioambientais.

Neste contexto, seguros de que podemos fazer a diferença, vamos nos dedicar a fazer nossa tecnologia chegar aos destinatários mais improváveis: os atores de menor porte espalhados por toda a Amazônia.

Para fazer isso acontecer na escala e velocidade que a Amazônia precisa, estamos convocando nossos clientes e parceiros para nos apoiar em uma doação massiva da tecnologia SAFE.

Nesta primeira onda, já contamos com ItaúBBA, KPTL, JBS, Agro SB, FS Bioenergia, Arcos Dorados, além do apoio institucional do Insper Agro Global.

O plano é direto e pragmático: nada de inventar a roda, mas sim usar uma fórmula que funciona há mais de uma década. Vamos dar o primeiro passo e aparelhar o máximo de empresas que compram matéria-prima na região com ferramentas de verificação socioambiental.

Assumindo nosso papel de líder em tecnologia ESG para o agronegócio, nos comprometemos com uma doação, superior ao equivalente a R$ 1 milhão em tecnologia e ciência de dados.



Para garantir que realmente esse aporte faça a diferença, o processo de doação e disponibilização da tecnologia foi estruturado em seis frentes:

1

Georating Amazônia Safe

Elaborar um mapa de priorização considerando a quantidade de fazendas, volume de produção bovina e grãos, taxas de desmatamento, presença de agroindústrias classificadas por porte.


2

Indique uma Empresa para ser Safe

Canal de indicação anônima ou não de empresas que atuam na compra de matéria-prima da Amazônia e que ainda não são Safe.


3

Carta convite para as Empresa Safe

Envio de “e-mail/carta” direcionados aos atores a serem priorizados pelo Georating.


4

Comitê de análise e aprovação do Voucher Safe

Em conjunto com ItauBBA, todos os interessados, indicados ou convidados, serão avaliados por um protocolo-padrão que visa garantir que a empresa atenda aos quesitos essenciais para seu funcionamento e acesso à doação.


5

Boas-vindas e suporte para uso da tecnologia AT Safe

Modelo de interação digital e suporte online para atendimento das empresas contempladas.


6

Indicadores e comunicação da campanha Amazônia 100% Saf

Plano de acompanhamento contínuo de todas as frentes para identificar gargalos, ajustar abordagens e celebrar as conquistas.

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