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Agronegócio sustentável: Agrotools Brand Connections at Microsoft

Agronegócio sustentável: Agrotools Brand Connections at Microsoft

5 de dezembro de 2019

Tempo de Leitura: 8 minutos

Evento da Agrotools discute a necessidade da tecnologia para a gestão de riscos e desenvolvimento do agronegócio sustentável.

São Paulo, dezembro de 2019 – Os principais players do mundo do agronegócio reunidos em um fórum de 12 horas sobre os novos rumos desse mercado, que tem consciência de sua importância para a economia do país, mas que dá mostras de que quer crescer com transparência, sustentabilidade e gestão de riscos. Esse foi o “Agrotools brand connections at Microsoft – our mindset of good innovation”, evento organizado pela Agrotools e Microsoft, no último dia 29 de novembro, na sede do novo escritório da Microsoft, em São Paulo. O encontro reuniu 120 representantes de 59 empresas e instituições. Outras 650 pessoas assistiram à programação, ao vivo, pelo Linkedin.

“Agrotools fez o que ninguém havia se proposto até então: conectar territórios e negócios numa única plenária, com a participação das mais importantes empresas do ecossistema do agro, unindo os elos dessa cadeia”, disse o diretor Comercial e de Marketing da Agrotools, Lucas Tuffi. “Foi muito rico termos os CEOs das empresas convidadas, apresentando resultados efetivos e positivos graças à tecnologia, convergindo sobre os benefícios da real and good innovation”, completa o presidente e fundador da Agrotools, Sérgio Rocha.

As discussões foram protagonizadas pela Microsoft, McDonalds Corporation, DSM, FS Bioenergia, JBS, Banco ABC Brasil, Banco Central e resseguradora Munich RE, com participação interativa de todos os convidados, que tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e entender os processos dessas companhias.

Blockchain e perspectivas da Inteligência Artificial

Em sua apresentação, a presidente da Microsoft do Brasil, Tânia Cosentino, falou sobre inteligência artificial, segurança alimentar e agricultura sustentável, enfatizando a importância das novas tecnologias para a sustentabilidade dos negócios de toda a cadeia do agro. “O Carrefour já usa blockchain para transparência e segurança alimentar, garantindo, por exemplo, que todos seus fornecedores promovam refrigeração adequada dos alimentos frios”, comentou Tânia. Outra citação da executiva sobre o emprego da tecnologia para melhorar o manejo no campo foram as “vacas conectadas”: o rastreio que permite acompanhar o cio desses animais e as vantagens logísticas dessa prática. “O agro é a nossa maior pauta de exportação”, afirmou. “Não podemos perder espaço por conta de questões sensíveis como as que envolvem a Amazônia ou a falta de rastreabilidade. Juntar essa quantidade de pessoas aqui para fomentar essa discussão só mostra o papel central da tecnologia nesse setor. E temos todas as ferramentas aqui mesmo, no Brasil!”

Bionergia

Rafael Abud, CEO da FS Bionergia, primeira usina de etanol no Brasil a utilizar milho em 100% da produção e cliente Agrotools, trouxe dados promissores para o evento. Graças ao emprego da tecnologia, o etanol de milho brasileiro é mais sustentável do que o norte-americano, uma vez que usa bioenergia e não combustível fóssil. A boa notícia é que o incentivo à produção de etanol de milho não pressupõe a abertura de novas áreas, mas sim o aumento da área plantada em safrinha. “Isso estimula a utilização de áreas de baixa produtividade para reflorestamento”, reforçou Rafael. “E nossa meta é produzir 10 milhões de toneladas processadas por ano. Já há vendas para a Califórnia (USA), um mercado de difícil acesso até para o próprio etanol norte-americano devido aos parâmetros de sustentabilidade.” Ponto para o Brasil.

Transparência

No painel destinado à discussão sobre a necessidade de transparência em toda cadeia do agro, Marcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS – maior empresa de proteína animal no mundo e também parceira da Agrotools por mais de 5 anos –  falou sobre rastreabilidade da matéria-prima. “A Friboi (uma das empresas do grupo) tem 90 mil fornecedores e abate 7,5 milhões de cabeças de gado por ano. Além disso, 50 mil fornecedores da JBS estão na Amazônia”, relatou o executivo, enfatizando a vasta carteira da companhia. “Mas caso esses fornecedores não cumpram os critérios da empresa são automaticamente desligados porque é possível rastrear cada peça Friboi no mercado.”

Risco holístico e instituições financeiras

Mas se, na outra ponta, as empresas estão conscientes e usufruindo da tecnologia para monitorar e exigir parceiros de negócios idôneos, para startar os processos no campo, a mola propulsora passa pelos agentes financeiros. A eles também cabe utilizar tecnologia para financiar um agronegócio responsável, com mitigação de riscos, gerando boas oportunidades para os dois lados da porteira.

O head de seguros da Agrotools, Wady Cury, falou sobre o risco holístico individualizado dos processos de financiamento e seguros para o setor. “A cadeia do agronegócio é muito complexa e uma abordagem visando uma solução disruptiva não vai acontecer. A evolução do segmento está em ouvir o cliente”, disse. Na opinião dele, falta aos agentes de crédito e seguros conversarem com o produtor e individualizar a oferta de produtos.

A hipótese da criação de uma central de informações sobre risco de crédito rural, uma espécie de bureau do agronegócio, foi uma hipótese mencionada como uma maneira de  tornar o mercado mais fluído e viabilizar, inclusive, a busca por capital estrangeiro.

Já o chefe do departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural do Banco Central, Cláudio Filgueiras, afirmou que o órgão já está fazendo sua parte, com operações online e em real time, exigência de CAR (Cadastro Ambiental Rural) e fiscalização por sensoriamento remoto. 

Soluções Agrotools

Fundada há mais de uma década, a brasileira Agrotools se consolidou como a mais relevante AgTech da América Latina, empregando mais de 100 profissionais e atendendo a todos os elos do agronegócio “fora da porteira”: corporações que se relacionam com produtores rurais, como bancos, indústrias, tradings, resseguradoras, seguradoras e redes de varejo. Entre os mais de 100 clientes da empresa estão McDonald’s, Rabobank, Carrefour, Walmart, Itaú BBA, Cofco International, Sicredi, JBS, Cargill, entre outras.

As soluções digitais Agrotools se baseiam em uma plataforma geográfica proprietária, desenvolvida exclusivamente para o agronegócio. A tecnologia brasileira, aliada a um dos maiores bancos de dados do agronegócio mundial e a uma ampla equipe multidisciplinar altamente qualificada para interpretá-los, oferece poderosos insights de negócios e gestão. Na prática, as ferramentas permitem que grandes empresas compreendam tudo o que acontece com fornecedores e clientes espalhados pelo território rural, uma área que, até o surgimento das plataformas de monitoramento Agrotools, era praticamente impossível de ser monitorada com agilidade.

Trata-se de aproximar o território rural do mundo corporativo. Conectar territórios e negócios.

Com a Agrotools, um banco consegue digitalizar sua operação de crédito rural, permitindo um monitoramento dinâmico e integrado de riscos, com coleta de dados em campo, gestão das garantias tomadas na atividade, cumprimento de regras de mercado e utilização de painéis estratégicos sobre suas operações.

Uma rede de varejo pode, por exemplo, verificar se sua cadeia de valor está em conformidade com todos os requisitos e acordos nacionais e internacionais, o que impede uma grande crise institucional em tempos de notícias rapidamente disseminadas e grandes cobranças por transparência e inovação. Da mesma forma, o uso das soluções digitais valoriza o principal ativo das corporações globais: sua própria marca.

A quantidade de informações captadas e analisadas diariamente pela plataforma exige uma enorme capacidade de armazenamento. São mais de 200 mil análises por dia, que cobrem mais de 200 milhões de hectares, uma área superior à soma dos territórios de França, Itália, Alemanha e Dinamarca, juntos.

O fomento às práticas socioambientalmente responsáveis levou a Agrotools a ser reconhecida, em junho de 2018, como Empresa B. A importante certificação internacional atesta que o modelo de negócios da companhia visa o desenvolvimento social e ambiental. A AgTech também foi certificada pelo Great Place to Work, instituição que avalia empresas e divulga as boas práticas de gestão de pessoas. O credenciamento é concedido depois de profundas pesquisas e diagnósticos sobre o clima organizacional junto aos colaboradores.


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