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Acordo histórico é ratificado na União Europeia para frear desmatamento em todo o mundo

Acordo histórico é ratificado na União Europeia para frear desmatamento em todo o mundo

Acordo histórico é ratificado na União Europeia para frear desmatamento em todo o mundo

13 de dezembro de 2022

Tempo de Leitura: 5 minutos

Países de todos os continentes compram e vendem produtos à União Europeia, e quando falamos de commodities agrícolas o Brasil é um grande fornecedor. Essas importantes relações comerciais são elevadas a um novo e inédito patamar de sustentabilidade com a recente aprovação do Green Deal no Parlamento Europeu. Negócios que se relacionam direta ou indiretamente com o agro, mesmo que ainda não sejam exportadores, precisam olhar cautelosamente para esse novo cenário.

O objetivo do acordo europeu é frear o desmatamento e suas consequências danosas a qualquer tipo de cobertura florestal, não somente florestas primárias. A lei deve entrar em vigor no primeiro trimestre de 2023. Traders terão 18 meses para se adequar 100% enquanto micro e pequenas empresas terão mais tempo, ainda não definido. Veja a seguir como diversas cadeias produtivas ao redor do mundo serão cobradas a se adequarem  visando cumprir o prazo para total adequação, e a tecnologia será a maior aliada nesse cumprimento. 

Freio ao desmatamento

Na prática, as empresas serão obrigadas a verificar a ausência de desmatamento através da coleta e disponibilização de informações geográficas dos territórios onde são produzidos commodities agrícolas e seus derivados:

  • cacau;
  • café;
  • óleo de palma;
  • bovinos;
  • madeira;
  • soja.

Desta forma, produtos como móveis, papel, chocolate, borracha, couro e carnes foram abrangidos nestas regras, seja para comercialização no território europeu ou qualquer exportação dele oriunda. O foco das medidas está em limpar as cadeias de abastecimento, interrompendo a comercialização de produtos que não tenham comprovação de serem “livres de desmatamento”, seja legal ou ilegal.

Não somente a conformidade às legislações locais será cobrada, mas principalmente que os itens cobertos não foram produzidos em terras desmatadas ou degradadas após 31 de dezembro de 2020. Esta premissa teve peso na escolha das commodities, já que se busca restringir a expansão agrícola em áreas sensíveis para a biodiversidade, da qual dependem milhões de pessoas (entre povos indígenas e quilombolas, que dependem fortemente dos ecossistemas florestais e são muitas responsáveis pela conservação de grandes áreas no país).

Outra cultura de grande importância para nossa economia, o milho, da qual o Brasil já produz mais de 100 milhões de toneladas por safra sendo o terceiro maior produtor mundial, ainda não entrou no acordo. Mas analistas estimam que deve ser incluída nos próximos dois anos, dada sua relevância em países da América Latina que fazem parte da Amazônia e englobam outros biomas florestais sensíveis.

Sob a ótica do aquecimento global, o efeito perseguido com a nova legislação é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE).

Alguns pontos ainda estão em debate pelo Parlamento Europeu e devem ser divulgados em breve, como a definição dos países e seus níveis de risco de desmatamento (alto, médio e baixo) e como deve ser realizado o monitoramento em cada um deles pelas empresas envolvidas.

Nova call to action

Sistemas de Geolocalização

Mais do que o prazo estabelecido para transição, a medida impulsiona governos e agentes econômicos ao redor do mundo quanto à urgência de se modernizarem e criarem novos processos de monitoramento. Assim, mercados financeiros que negociam títulos futuros, já bastante sensíveis à agenda ESG, agora têm razões de sobra para aumentar a cobrança por tecnologias verdes. Futuramente as instituições financeiras serão pressionadas a não mais conceder financiamento a empresas que não cumpram o acordo.

Sistemas de geolocalização, como os desenvolvidos pela Agrotools, permitem o monitoramento remoto de coordenadas onde se situam territórios produtivos para acompanhar uma variedade de indicadores.

Isso impacta não somente as cadeias produtivas que operam em áreas contíguas a sistemas florestais, já abarcadas no acordo. Ressalta-se que no Brasil uma boa parte da soja e bovinos é oriunda de biomas sensíveis como o Cerrado e Pantanal, áreas ricas em carbono e biodiversidade que em breve também devem ser incluídas no acordo.

Como a Agrotools pode colaborar no atendimento ao Green Deal

Líder em geomonitoramento remoto, com 15 anos de atuação no mercado, a Agrotools desenvolveu profunda expertise em tecnologia e processos voltados à rastreabilidade de matéria-prima. Também possuímos especialistas aptos a contribuírem para que seu negócio atenda às novas regulamentações e que os auxilie na criação de soluções ao Green Deal. Fale hoje mesmo com um de nossos consultores e tenha um diagnóstico das soluções Agrotools que melhor se encaixam na sua necessidade. Além de soluções completas para grandes empresas, também oferecemos ferramentas Saas prontas para uso e API’s com planos flexíveis de aquisição para negócios de todos os tamanhos. 

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