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Financiamento do agronegócio: quais tecnologias usar para a gestão de riscos

Financiamento do agronegócio: quais tecnologias usar para a gestão de riscos

29 de fevereiro de 2024

Tempo de Leitura: 8 minutos

O financiamento do agronegócio é a destinação de recursos para que as operações sejam realizadas nas fazendas, na agroindústria ou em cadeias produtivas, de grande importância para o desenvolvimento do setor.

O financiamento do agronegócio é essencial para que o Brasil se mantenha competitivo no mercado agropecuário internacional, onde se destaca em diversas produções, como café, soja, milho, laranja, cana-de-açúcar e carne bovina.   

O aumento desse destaque vem acompanhado de uma maior cobrança internacional por uma produção sustentável e transparente, resultando na criação de normas baseadas nos conceitos de ESG (meio ambiente, responsabilidade social e governança, na sigla em inglês).

Para quem atua com o financiamento do agronegócio, é preciso atenção com essas normas para não comprometer as operações financeiras com clientes que os exponha a riscos, sendo necessária a utilização de tecnologias de gestão para atuação preventiva.

Saiba neste artigo quais são essas tecnologias e quais são as soluções digitais que a Agrotools oferece para reduzir o risco das operações da sua empresa ou banco. Boa leitura! 

O que é financiamento do agronegócio?

O financiamento do agronegócio se refere às operações realizadas para destinação de dinheiro para quem atua na produção, beneficiamento e industrialização de produtos agropecuários.

O objetivo é tornar viáveis as atividades a serem realizadas no campo ou fora dele, a exemplo da compra de insumos, maquinários (incluindo o aluguel), tecnologias, pagamento de colaboradores e serviços terceirizados, logística e transporte, melhoria na infraestrutura da propriedade, dentre outros.

No financiamento rural, é de grande importância que os recursos sejam utilizados conforme o estabelecido em um projeto, onde deve constar o planejamento de todas as ações que serão realizadas, incluindo as que vão ao encontro das normas de ESG.

Para quem financia, como é o caso dos bancos, é essencial observar a viabilidade desses projetos e, se for o caso, sugerir modificações para que eles estejam mais adequados quanto à finalidade para a obtenção dos recursos e posterior pagamento.  

É necessário ainda utilizar ferramentas tecnológicas que possibilitem obter e analisar informações prévias sobre quem deseja o financiamento, para, assim, conferir se determinada propriedade rural possui embargos ou impedimentos socioambientais.

Uma das ferramentas mais eficientes para isso é o sensoriamento remoto por meio de imagens de satélite, que permite fazer um monitoramento com análises amplas sobre dados confiáveis que podem ser utilizados para tomada de decisão.

O sensoriamento remoto e o cruzamento de dados espaciais possibilita obter informações variadas sobre uma propriedade agrícola e verificar, por exemplo, se ela está sobreposta (total ou parcial) a uma Unidade de Conservação, território indígena ou de remanescentes de quilombos.

Dá para saber também o andamento da produção e perspectivas de produtividade, a partir de índices de vegetação, dados edafoclimáticos e modelagens, como o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index), estações climáticas e algoritmos, muito úteis para o monitoramento de culturas agrícolas, sobretudo grãos.

Quem financia o agronegócio?

O financiamento do agronegócio se dá por meio de recursos públicos e privados. O custo de uma safra no Brasil é de cerca de R$ 1 trilhão, sendo que o Plano Safra cobre um quarto dos recursos necessários, segundo dados do Sebrae Agro

No caso do mercado de financiamento rural, por ano são movimentados cerca de R$ 700 bilhões, com ao menos um terço desse valor oriundo de bancos públicos e privados, e outra parte da indústria de insumos, mercado de capitais e dos produtores rurais capitalizados.

As fontes de financiamento podem ser de recursos específicos controlados ou não controlados. Controlados são os de caráter obrigatório, da área pública, a exemplo do crédito rural, quando sujeito à subvenção da União.

Também são obrigatórios:

  • os investimentos em operações de crédito, com supervisão do Ministério da Fazenda;
  • os recursos administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
  • a poupança rural (para custeio ou comercialização);
  • os fundos constitucionais de financiamento regional;
  • e o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

As demais fontes de financiamento são os não controlados, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), outros instrumentos oriundos do mercado de capitais e os fundos constitucionais.

Quais as principais linhas de financiamento do agronegócio?

As principais linhas de financiamento do agronegócio são para custeio, investimento, comercialização e industrialização. Os valores podem variar conforme o banco ou empresa/cooperativa de crédito, bem como os juros e condições de pagamento.

Pessoas físicas e jurídicas podem ter acesso a esses financiamentos, desde que atendam aos critérios.

Financiamento rural para custeio

O custeio pode ser utilizado para cobrir despesas rotineiras dos ciclos produtivos no campo, sendo de grande valia para a compra de fertilizantes, defensivos, adubos e sementes.

O recurso pode ser utilizado em qualquer etapa do ciclo de produção.

Financiamento rural para investimento

O financiamento rural para investimento pode ser usado para ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e realização de serviços destinados à melhoria da atividade agropecuária.

Pode ser investido ainda para viabilizar a aquisição de bens e serviços cuja utilização se estenda por vários períodos de produção.

Financiamento rural para comercialização

Busca viabilizar para o produtor ou cooperativas rurais recursos necessários para a comercialização da safra, sendo possível financiar até 100% do valor da produção recebida.

Este tipo de financiamento é essencial para permitir o armazenamento e a conservação dos produtos agrícolas, para posterior negociação em momentos de preços mais favoráveis.

Financiamento rural para industrialização

Voltado para agroindústrias e cooperativas, visa custear operações necessárias à atividade, como a compra de embalagens e rótulos, pagamento de impostos, seguros, mão-de-obra, serviços, energia elétrica e água, além de outros materiais auxiliares e itens ou encargos necessários ao processo de beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários. 

Mas não inclui nos custos a matéria-prima a ser beneficiada. Há linhas específicas tanto para a industrialização geral quanto para a agricultura familiar.

Soluções digitais da Agrotools para a gestão de riscos no financiamento do agronegócio

Em um mercado financeiro cada vez mais digitalizado, utilizar ferramentas tecnológicas é essencial para acompanhar a evolução dos processos e garantir agilidade nas entregas.

Por isso, a Agrotools oferece as melhores soluções digitais para gestão de riscos no financiamento do agronegócio, de forma confiável e transparente.

Em nossas APIs é possível, por exemplo, fazer as seguintes consultas:

  • base fundiária do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária);
  • CAR (Cadastro Ambiental Rural);
  • dívidas trabalhistas;
  • desmatamento recente;
  • geografia de municípios;
  • grau de risco de uma pessoa física ou jurídica;
  • territórios quilombolas ou indígenas;
  • Unidades de Conservação;
  • mídias negativas;
  • proximidade de rios;
  • embargos ambientais;
  • trabalho análogo ao escravo;
  • score de governança;
  • janela de plantio;
  • estimativa de penalização da produtividade;
  • geração de coordenadas geodésicas;
  • área de pastagem;
  • identificação de bioma;
  • focos de incêndio;
  • histórico de temperatura no campo;
  • imagens de satélite (Sentinel e Landsat);
  • scores diversos.

Você pode fazer todas essas análises de forma individual na plataforma da Agrotools, garantindo mais agilidade para a sua equipe nas operações de financiamento do agronegócio.

>> Confira nossas soluções digitais para a gestão de riscos no financiamento do agronegócio! 

Conclusão

O financiamento do agronegócio é vital para o setor no Brasil. Contudo, para ele ser feito é preciso seguir o ordenamento socioambiental no país, sendo necessário para isso uma boa gestão de riscos com o uso de ferramentas tecnológicas.

A agilidade das operações depende de processos que resultem em informações de qualidade no menor tempo possível, com apenas alguns cliques e inserção de dados de interesse. 

A Agrotools é especialista em soluções digitais para gestão de riscos no financiamento do agronegócio e pode ajudar seu banco ou empresa/cooperativa de crédito a fechar mais negócios, a partir das nossas APIs. Conheça nosso Marketplace ou fale com um executivo da Agrotools.

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