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Rentabilidade no seguro rural: um horizonte promissor a ser explorado!

Rentabilidade no seguro rural: um horizonte promissor a ser explorado!

20 de setembro de 2021

Tempo de Leitura: 9 minutos

A falta de informações confiáveis pode minar a rentabilidade no seguro rural ou afetar as oportunidades de negócio para as instituições financeiras. Durante a análise da operação, se a empresa não sabe, por exemplo, o histórico de produtividade e condições de manejo adotadas pelo produtor, a consequência é um produto mais caro e menos atrativo.

Porém, o contexto atual desse mercado traz muitas possibilidades para as seguradoras e resseguradoras. Segundo dados do Governo Federal, existe uma área de 80% do país sem nenhum tipo de cobertura. É claro que há desafios para mudar isso, principalmente financeiros. Mas novas soluções digitais e o crescimento das políticas de seguro podem virar esse jogo.

Neste artigo, mostraremos os principais números sobre o seguro rural no Brasil e como a tecnologia pode melhorar a rentabilidade das instituições nesse mercado. Boa leitura!

Realidade do seguro rural no Brasil

A expansão do seguro rural é benéfica para o agronegócio. Para os produtores, a cobertura das propriedades permite uma maior estabilidade econômica, porque há cobertura para os desastres naturais ou perdas na produção. Por outro lado, com o desenvolvimento do mercado, cresce a renda e geração de empregos para essas regiões.

Nos últimos anos, o seguro rural cresceu consideravelmente no país. Segundo relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o número de produtores atendidos pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2020 ultrapassou os 100 mil — alta de 84% para 2019.

Ao mesmo tempo, a área coberta chegou a 13,7 milhões de hectares, mais que o dobro do ano anterior. Enquanto esses números demonstram o aumento da procura pelo produto, há ainda uma grande parcela do mercado a ser explorada. Isso porque a cobertura é limitada, principalmente quando comparamos com outros países.

Como destaca a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), os Estados Unidos têm 90% das suas lavouras cobertas com algum tipo de seguro rural. O programa tem orçamento anual de US$100 bilhões e cobre mais de 540 culturas. No Brasil, a área não chega a 20% e somente 64 culturas foram atendidas pelo PSR em 2020.

 

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Potencial de crescimento do mercado

Se a comparação com outros países é negativa, é sinal que existe uma grande parcela do mercado que ainda pode ser explorado pelas instituições financeiras. O exemplo americano mostra que é possível avançar na taxa de cobertura e tornar o seguro mais interessante para os produtores.

Uma das limitações no número de produtores que contratam o seguro rural é a taxa de juros oferecida pelas instituições financeiras. Em geral, a maioria desses empreendedores do campo têm finanças mais apertadas e nem sempre enxergam o real valor de contratar um seguro para as suas lavouras.

Por outro lado, nas instituições financeiras, existe o desafio de melhorar a sua rentabilidade e evitar prejuízos causados principalmente por catástrofes naturais, que concentram um alto número de sinistros em um curto período de tempo. Naturalmente, a estratégia é aumentar as taxas para compensar o risco, mas ela afasta os produtores.

Sem dúvida, em um contexto de mudanças climáticas, o seguro rural será cada vez mais importante. Por isso, além da expansão dos auxílios e políticas do Governo Federal voltado para esse mercado, será essencial que as seguradoras invistam em tecnologia para acessar dados confiáveis e oferecer juros mais adequados para os dois lados.

Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural

O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é uma política de subvenção criada pelo Governo Federal, que está em vigor desde 2005. Basicamente, ele paga diretamente às instituições financeiras uma parte das apólices de seguro, tornando o processo mais rentável também para o produtor.

Ao contrário de outras modalidades, como os automotivos, o seguro rural tem uma particularidade: quando ocorre um desastre natural, por exemplo, é provável que ocorram muitos pedidos de indenização em poucos dias. Ou seja, para evitar prejuízos, as seguradoras aumentam as taxas e inviabilizam a mobilidade financeira dos produtores.

Nesse sentido, o PSR é uma política fundamental no agronegócio, porque permite uma expansão na contratação dos seguros. Com a subvenção, as seguradoras têm parte dos riscos garantida, deixando as taxas mais atrativas, porque têm uma proteção maior para os períodos em que há maior fluxo de sinistros.

Valores máximos de subvenção

Recentemente, foi aprovado o Plano Trienal do Seguro Rural (PTSR), válido para os próximos três anos (2022 a 2024) e que aprova os valores de subvenção para o período. Dependendo da modalidade, as coberturas são de 20% a 40% do valor contratado, mas houve mudanças importantes para o triênio.

Entre elas, a principal foi o aumento dos limites financeiros e a simplificação para ter acesso ao PSR. Até 2021, a divisão das faixas era maior, variando conforme o tipo de produto e cobertura. Porém, a nova versão do PTSR deixou a divisão mais simples:

  • soja: percentual de subvenção do prêmio de 20%;
  • outros grãos: percentual de subvenção do prêmio de 40%;
  • frutas, olerícolas, café e cana-de-açúcar: subvenção de 40%;
  • modalidades florestas, pecuário e aquícola: subvenção de 40%
  • seguro paramétrico: subvenção de 20%.

Ademais, os limites anuais também foram revisados. O valor máximo subvencionável segue em R$120.000 por CPF ou CNPJ, mas agora existe um limite de R$60.000 por grupo, que representa um número maior em relação ao triênio anterior. Dessa forma, as seguradoras terão mais flexibilidade para operar.

Outros incentivos para o seguro rural

De fato, o Programa de Seguro Rural é uma das bases das políticas voltadas para o agronegócio, ao lado do crédito rural. Porém, apesar da sua importância, ainda há o desafio de aumentar a área coberta no país, deixando a contratação do seguro mais rentável para a instituição.

Criado em 1966, o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural (FESR) tem como objetivo proteger as seguradoras ou resseguradoras dos riscos de catástrofes climáticas em períodos de alta sinistralidade. Quando o período é positivo financeiramente, as instituições contribuem entre 30% e 50%. Por outro lado, elas podem recuperar os valores se a sinistralidade for entre 100% a 150% ou acima de 250%.

Gerido pela Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (AGBF), o FESR tem um orçamento atrelado ao Governo Federal, o que aumenta a burocracia em certas ocasiões. Por isso, o Fundo de Catástrofe está em desenvolvimento e pode melhorar o acesso aos recursos por meio de fontes alternativas.

Fundo de Catástrofe

Sancionado em 2010, o Fundo de Catástrofe foi um mecanismo criado com o objetivo de atualizar o FESR e trazer mais recursos para o seguro rural. Instituído pela Lei Complementar 137/2010, ele permite que a União participe como cotista do fundo e aplique até R$4 bilhões.

Decerto, o fundo é importante para aumentar a segurança das seguradoras e resseguradoras, diminuindo seus riscos e melhorando as condições ofertadas. Atualmente, quando as instituições precisam recorrer ao FESR, nem sempre os recursos estão disponíveis. Porém, a lei aguarda regulamentação há mais de sete anos e ainda não entrou em vigor.

Junto com o PSR, o Fundo de Catástrofe e todos os programas voltados para o seguro rural têm o objetivo de aumentar a cobertura das lavouras. Segundo o MAPA, a área coberta pelo PSR cresceu quase 98% em relação ao ano anterior, mas ainda é apenas 20% do total no país. Ou seja, existe esse potencial a ser explorado.

 

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Tecnologia é a chave para aumentar a rentabilidade no seguro rural

Dessa maneira, é fundamental buscar outras formas para aumentar a rentabilidade das operações nas seguradoras ou resseguradoras. Nesse contexto, a tecnologia é o atalho para desenvolver o conhecimento sobre o campo brasileiro e aumentar a área coberta pelo seguro rural.

Inegavelmente, as políticas de crédito e seguro são parte da equação. Mas elas não cobrem todas as apólices das instituições financeiras, que precisam realizar uma análise minuciosa para encontrar a taxa ideal de juros para cada operação. Só que, quando faltam informações transparentes, essa conta não fecha.

As seguradoras são protagonistas na segurança alimentar do mundo, porque elas garantem financeiramente os produtores rurais quando eles passam por problemas nas suas propriedades, como em desastres naturais. Porém, sem uma mitigação de riscos adequada e a digitalização dos processos, essas empresas podem encontrar dificuldades para expandir seu portfólio.

Assim, as soluções digitais se tornam cada vez mais relevantes. Elas são responsáveis por uma série de processos que trazem um olhar mais preciso sobre produtores e propriedades, deixando a operação menos vulnerável. Prever riscos socioambientais e monitorar a lavoura e o clima da região são algumas dessas atribuições.

No fim, o objetivo é aproveitar esse potencial do mercado, melhorando a rentabilidade no seguro rural ao atrair mais produtores. Com uma gestão de riscos mais adequada, as seguradoras deixam a assimetria de informações para trás e podem aproveitar a expansão do agronegócio, que deve atingir nova safra recorde em 2021/2022, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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