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Condições climáticas e a demanda por seguro rural nos próximos anos

Condições climáticas e a demanda por seguro rural nos próximos anos

2 de março de 2023

Tempo de Leitura: 4 minutos

As mudanças climáticas globais são uma preocupação para todo o agronegócio, bem como outros setores  — não à toa, esse foi um assunto debatido na COP27. As perdas geradas pela imprevisibilidade do clima podem ter um impacto muito negativo para as economias que dependem do agro. Nesse sentido, o mercado de seguro rural ganha força, porque é o remédio ideal para combater as perdas financeiras dos produtores.

Apesar disso, as quebras de safras e aumento de sinistralidade também geram desafios para as seguradoras. Por isso, entenda como o mercado pode ser impactado nos próximos anos!

Condições climáticas reafirmam importância do seguro rural

As mudanças climáticas vêm criando novos desafios para os produtores rurais. Notícias como a estiagem no Rio Grande do Sul em fevereiro de 2023, que deve causar perdas de R$ 12 bilhões na agricultura e pecuária na região, indicam que a busca por seguro rural deve seguir crescendo nos próximos anos.

Porém, esse aumento na procura também gera um desafio para as empresas que estão inseridas no mercado, principalmente quando falamos da rentabilidade das operações. Dados mostram que, em 2021, as seguradoras pagaram R$ 5,4 bilhões em indenizações, mas receberam apenas R$ 4,2 bilhões em prêmios.

Assim, a sinistralidade dentro do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), administrado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), chegou a 125% em 2021, que é o maior número desde 2015. Isso significa um cenário de prejuízo para as instituições financeiras.

Por outro lado, o seguro rural ganha muita importância, porque é capaz de proteger os produtores de imprevisibilidades bem como da queda de produtividade (por diferentes motivos) e não quebrá-los completamente. Logo, a contratação do seguro vem crescendo no país.

Em 2019, quase 95 mil apólices foram emitidas, mas esse número saltou para 194 mil (2020) e 217 mil (2021). Ou seja, as emissões subiram quase 130% em apenas dois anos. É uma expansão constante, porque o seguro está mais acessível e os produtores entendem cada vez mais a sua importância, devido às mudanças climáticas e toda a imprevisibilidade da atividade.

Cenário traz desafios e oportunidades para as seguradoras

Como o seguro rural lida diretamente com riscos, um aumento na procura significa mais oportunidades de negócio para as instituições financeiras. Por outro lado, as condições climáticas mais severas representam um problema, principalmente se não houver um gerenciamento correto dos riscos.

Naturalmente, o custo do seguro está mais alto, porque há um repasse no custo da explosão de indenizações. Nesse sentido, as seguradoras precisam criar coberturas mais complexas, que entreguem valor para os clientes e sejam competitivas.

Assim, existe a conclusão dentro do setor de que a percepção dos riscos deve ser ainda mais precisa do que em outros tipos de seguros. Não é rentável manter a sinistralidade acima de 100%, então é preciso encontrar formas para diminuir esses números.

Nova call to action

Medidas para enfrentar as incertezas

No contexto em que as contratações aumentam, mas a sinistralidade também está em alta, as seguradoras devem investir em certas iniciativas para melhorar seus resultados e se destacarem no mercado.

Conheça algumas medidas que podem ser aplicadas para tornar as operações mais seguras!

  • Mitigação de riscos: acesso a informações históricas e preditivas para conhecer melhor os territórios produtores e trabalhar com margens balanceadas. É o caso da agrometeorologia, por exemplo.
  • Novos produtos meteorológicos: desenvolvimento de produtos modernos e adaptados para as necessidades do cliente. O seguro paramétrico, que é baseado em índices climáticos e pode cobrir produtividade e qualidade da cultura, é um deles.
  • Diversificação da carteira: com o aumento nos avisos de sinistros, é necessário pulverizar a carteira, com diferentes culturas e localizações.

Dessa forma, fica claro que, para combater o aumento da sinistralidade que as condições climáticas trouxeram, é necessário investir em tecnologia e dados confiáveis. Assim, a seguradora pode ter uma visão completa da operação e dos seus riscos e melhorar a rentabilidade da carteira.

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