Tudo o que você precisa saber sobre a Cúpula do Clima e como ela impacta o agronegócio brasileiro
26 de abril de 2021
Tempo de Leitura: 8 minutos
A mensagem deixada pela cúpula de líderes sobre o clima é clara: a agenda climática gera grandes oportunidades econômicas para as empresas e os países que se comprometem com ela.
A cúpula do clima, que aconteceu na última semana, veio confirmar: o modelo econômico mundial está mudando e a agenda ambiental terá cada vez mais impacto nos negócios dos diversos segmentos de mercado de todos os países.
Neste texto, nós contamos para você como o que foi discutido nesse evento com lideranças mundiais afeta o agronegócio no Brasil e em todo o planeta. Boa leitura!
O que foi a Cúpula de Líderes sobre o Clima
Realizada nos dias 22 e 23 de abril, a Cúpula de Líderes sobre o Clima foi um evento convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para cumprir uma de suas promessas de campanha: em seus primeiros 100 dias de governo reunir lideranças mundiais para tratar ações de combate à crise gerada pelas mudanças climáticas.
Considerado uma preparação para a COP-26, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, que acontecerá em novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia, o encontrou, que foi realizado de forma 100% virtual, reuniu presidentes de diversos países, incluindo o Brasil. Além de nomes como Bill Gates, fundador da Microsoft, Michael Bloomberg, fundador da Bloomberg e enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e John Kerry, ex-presidente norte-americano e enviado especial dos EUA para questões climáticas.
Os compromissos assumidos pelos principais líderes mundiais para conter a crise climática
Parte do esforço norte-americano para voltar a ser protagonista nas discussões sobre questões ambientais, a Cúpula do Clima cumpriu papel estratégico ao estimular Governos a estabelecerem metas mais ambiciosas para a redução da emissão de CO2 do que aquelas firmadas no Acordo de Paris.
Os Estados Unidos dobraram sua meta de redução de emissões de CO2 até 2030
País anfitrião, os Estados Unidos, que hoje são responsáveis por 15% das emissões globais, se comprometeram a cortar em 50% as emissões de gases do efeito estufa até 2030, dobrando a meta estipulada anteriormente.
Para chegar a esse objetivo, no entanto, os norte-americanos precisarão rever toda a sua matriz energética, atualmente baseada em combustíveis fósseis, e investir em inovações tecnológicas. Isso porque, segundo John Kerry, “mais da metade da redução de emissões dos EUA precisaria vir de tecnologias ainda não disponíveis comercialmente”.
China e Alemanha se prometeram a deixar de usar carvão como fonte energética
O presidente da China, Xi Jinping, disse que o país vai limitar a utilização de carvão mineral como fonte de energia entre os anos de 2021 e 2025 e eliminar essa modalidade de geração energética até 2030.
Já Angela Merkel, chanceler alemã, se comprometeu a neutralizar a emissão de carbono até 2050 e também a acabar com o uso de carvão mineral. Segundo ela, nos próximos anos, o país produzirá 46% de sua eletricidade de forma renovável. Além disso, a Alemanha duplicou seu financiamento à economia sustentável.
A França propôs colocar preço na emissão de carbono
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que é preciso incluir os custos ambientais no comércio de bens e serviços, e que sem isso não haverá uma transição para uma economia verde.
Sua proposta durante a cúpula foi precificar a emissão de carbono, incluindo esse valor na precificação de produtos e serviços que geram a emissão do gás.
O Brasil prometeu antecipar em 10 anos sua neutralidade climática
Discursando no segundo dia da Cúpula do Clima, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil está comprometido a eliminar o desmatamento até 2030 e alcançar a neutralidade até 2050, antecipando o prazo anterior em 10 anos. Uma promessa ambiciosa, considerando-se os retrocessos no controle das queimadas e o aumento contínuo das áreas desmatadas.
A grande vantagem do Brasil
Com 82% da energia elétrica produzida no país vindo de fontes limpas, o Brasil tem um percentual alto da sua matriz energética composta por fontes renováveis. O que nos coloca em posição de referência para o mundo quando o tema é economia verde.
Enquanto grande parte dos países precisará reformular toda a estrutura de sua matriz energética para cumprir as metas de descarbonização da economia, o Brasil pode focar em seu calcanhar de Aquiles nas questões ambientais: o desmatamento. Metade das emissões de gases poluentes geradas pelo país são resultado das queimadas ilegais.
Embora a maior parte do desmatamento aconteça em áreas públicas, controladas pelo Estado, produtores rurais e toda a cadeia agro podem contribuir para o fim do uso ilegal de terras e das queimadas. Ocupando, assim, papel decisivo no cumprimento das metas ambientais estabelecidas pelo país.
Para isso, cabe ao agronegócio exigir o cumprimento do Código Florestal, legislação aprovada há quase uma década que ainda não está em prática. E brigar pela regulamentação fundiária, para garantir o uso legal das terras hoje ocupadas.
Além disso, para impedir que o desmatamento ocorra dentro das suas porteiras ou em sua cadeia de suprimentos, produtores rurais e corporações precisam investir em tecnologia, buscando por soluções de geomonitoramento, rastreabilidade da matéria-prima agropecuária (do bezerro à plantação de soja) e certificações.
As grandes oportunidades que a agenda climática gera para o setor agro
Por conta do seu papel decisor no cumprimento das metas de redução da emissão de CO2 e comprometimento do país com as questões climáticas, é preciso que os agentes do agronegócio entendam as oportunidades que a adoção dessa agenda cria para as empresas e produtores rurais.
Durante a Cúpula do Clima, as lideranças mundiais participantes ressaltaram o potencial da agenda climática de trazer ganhos econômicos, gerando emprego e renda nos países que a adotarem.
Por outro lado, especialistas em agronegócio avisam que os Governos e as empresas que não demonstrarem atenção às questões ambientais podem perder oportunidades comerciais, já que cada vez menos pessoas estão dispostas a consumir mercadorias produzidas a custo de desmatamento e outras práticas prejudiciais ao meio ambiente.
Nesse cenário, o setor agro deve estar atento às oportunidades que seguir a agenda ESG, com todos os seus princípios de preocupação ambiental, social e de governança, traz para os negócios. Dentre essas oportunidades, vale destacar:
- a conquista de novos mercados (exportação)
- a atração de mais investimentos
- a conquista de novos consumidores
- ganho de valor agregado
O compromisso da Agrotools com a agenda ESG são as questões climáticas
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