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Sustentabilidade em grande escala sem tecnologia é impossível

Sustentabilidade em grande escala sem tecnologia é impossível

16 de setembro de 2021

Tempo de Leitura: 5 minutos

Já houve a visão de que sustentabilidade e tecnologia não poderiam caminhar juntas. Porém, a verdade é que soluções digitais inovadoras são aliadas na busca por um planeta melhor e, mais do que isso, são fatores indispensáveis para adotar a agenda ESG no país, porque permitem avaliar e monitorar todas as ações relacionadas ao meio ambiente.

No agronegócio, as startups trouxeram mudanças importantes em todos os aspectos, desde a busca por uma produção mais eficiente até a oferta mais segura e atrativa de crédito rural. Conhecidas como agtechs, elas promovem a digitalização e possibilitam que as empresas do setor sejam mais sustentáveis e estejam em compliance socioambiental.

Entenda a importância da relação entre tecnologia e sustentabilidade e veja porque elas podem (e devem) caminhar juntas!

Tecnologia trouxe bons resultados para o agronegócio

Nas últimas décadas, o agronegócio se desenvolveu e aumentou consideravelmente a sua participação na nossa economia. Em 1970, o setor correspondia a 7,5% do Produto Interno Bruto do Brasil, mas quase 50 anos depois esse número já aumentou para 26,6%, de acordo com o Cepea — e a tendência é seguir crescendo.

Um dos fatores fundamentais foi o aumento da produtividade. Em 1975, a produção de grãos ficou em 38 milhões, mas, em 2019, esse número saltou para 236 milhões, ou seja, um aumento de praticamente seis vezes. Por outro lado, a área plantada cresceu somente duas vezes, o que indica um ganho de eficiência.

Sem dúvidas, tecnologia e inovação têm responsabilidade nessa expansão. O crescimento da agricultura digital, também conhecida por agricultura 4.0, trouxe avanços importantes para o setor:

  • a possibilidade de automatizar processos;
  • as técnicas de sensoriamento remoto;
  • a geração de dados capazes de auxiliar na tomada de decisões.

Protagonista mundial no setor, o agronegócio brasileiro agora enfrenta o desafio de avançar na pauta ESG. Como apontou relatório recente da ONU, as mudanças climáticas terão impactos devastadores se não houver uma transição para uma economia de baixo carbono e uso mais responsável dos recursos naturais. E a tecnologia terá papel fundamental nisso.

Startups se destacam pela eficiência e sustentabilidade

As startups têm a tecnologia no seu DNA. Em contraponto à forma “tradicional” de fazer negócios, essas empresas desenvolvem novas soluções e ganham espaço no mercado com eficiência e uma mentalidade voltada para a redução de custos operacionais. Durante a pandemia da Covid-19, esse modelo de negócios digitais ganhou protagonismo.

No primeiro semestre de 2021, as startups brasileiras levantaram US$5,2 bilhões em investimentos, segundo relatório do Distrito. Só para ter uma ideia, esse número foi 45% maior do que toda a movimentação de 2020, com um total de 339 aportes.

A sustentabilidade é inseparável dos negócios digitais. As fintechs, por exemplo, oferecem diversos serviços gratuitos para os seus clientes porque não tem agências físicas e conseguem economizar gastos. Mais do que benefícios financeiros, essa lógica também está relacionada diretamente com a agenda ESG, já que essa eficiência gera menos impacto socioambiental.

Em dezembro de 2018, 33% dos US$ 92 trilhões de ativos sob gestão profissional eram de investimentos responsáveis, com o mercado ampliando a 15% ao ano. O crescimento desse tipo de investimento prova que é possível aliar rentabilidade e sustentabilidade — na verdade, estudos mostram que negócios sustentáveis crescem mais.

Nova call to action

Agtechs como motor de crescimento do agronegócio

A tecnologia no campo está em constante evolução, mas houve uma mudança importante nos últimos anos: o surgimento das agtechs, as startups do agronegócio. Anteriormente, a inovação acontecia dentro das propriedades, com modernização de máquinas e novas técnicas de cultivo, o que possibilitou esse “boom” na produção agrícola e a reafirmação do Brasil como potência no setor.

Com as agtechs, essa inovação passou a acontecer também nas outras fases do processo. O desenvolvimento de novas tecnologias facilitou, por exemplo, o acesso ao crédito rural, principalmente pela aproximação entre as instituições financeiras e o campo brasileiro. Assim, é possível oferecer um produto mais atrativo para o produtor e com menos riscos para a empresa — permitindo a injeção de mais recursos nesse mercado.

Na esteira desse avanço está a sustentabilidade, mas só é possível desenvolvê-la em larga escala com a digitalização. Um banco precisa controlar toda a sua carteira de crédito e garantir que as propriedades rurais estão em compliance socioambiental, mas realizar isso de forma presencial é caro e ineficiente.

Por outro lado, com as soluções digitais, essa mesma instituição pode realizar uma análise socioambiental remota, realizando avaliação e monitoramento completo e eficiente de territórios e produtores. Ao mesmo tempo, afasta os riscos socioambientais e tem acesso a dados estratégicos para a tomada de decisões.

Portanto, a tecnologia é fundamental para desenvolver a agenda da sustentabilidade no agronegócio brasileiro. Com suas ferramentas digitais, as agtechs são capazes de trazer soluções e monitorar as ações de todas as partes envolvidas no setor, acelerando essa transição para uma economia baseada nos fatores ESG.
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