Agtech: 3 microsserviços digitais que uma startup pode oferecer para quem financia a produção no campo
9 de agosto de 2021
Tempo de Leitura: 5 minutos
Os desafios para realizar as operações de crédito rural com segurança são enormes. Falta de informações geográficas sobre o campo, dificuldades na gestão dos riscos, falta de agilidade para gerenciar a carteira… podemos citar vários exemplos aqui. Porém, você sabia que uma agtech pode mudar essa realidade?
As startups promovem uma verdadeira revolução no mercado de crédito, porque suas soluções municiam as instituições financeiras com dados e imagens relevantes sobre territórios e produtores, que trazem mais agilidade e segurança. Ainda mais, com o bureau de crédito agro, o acesso a tecnologia de ponta foi democratizado para qualquer porte de empresa.
Neste artigo, apresentaremos três microsserviços digitais (também conhecidos como Functions) oferecidos por startups e que podem transformar a análise de crédito rural na sua empresa. Confira!
1. Consulta CAR
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é o registro eletrônico das propriedades rurais, sendo o primeiro passo para sua regularização ambiental. Esse sistema foi criado pelo Governo Federal para melhorar o controle e monitoramento dos imóveis no campo e contempla dados importantes sobre proprietário e espaço.
Nesse sentido, a solicitação do CAR é de praxe nas companhias que financiam o agronegócio, basicamente por dois motivos: conhecer mais sobre a propriedade e cumprir as regulações do Banco Central. No processo manual, é necessário subir essas coordenadas em algum programa (como o Google Earth) e analisar as imagens.
Porém, essa não é a forma mais eficiente. A Consulta CAR é um microsserviço que disponibiliza todas as informações relevantes sobre aquela coordenada de forma automática. Assim, é possível realizar a análise de crédito ou de seguro agrícola com mais segurança.
A utilização dessa ferramenta permite que a instituição faça uma consulta digital e rápida ao CAR, garantindo o cumprimento de todas as regras vigentes das autoridades, como:
- Banco Central;
- Ministério da Agricultura e Pecuária;
- Ministério do Meio Ambiente;
- Ministério Público Federal.
2. Imagem de satélite Sentinel
De forma geral, operações de crédito têm muitas variáveis envolvidas. No agronegócio, a situação é ainda mais complexa, porque existem os riscos de desempenho (voltados para a safra) e os riscos de inconformidade, como propriedades que praticam desmatamento ilegal ou estão em áreas de preservação ambiental.
Para garantir uma conexão entre a instituição e a propriedade, realizando as operações com segurança, a dica é usar imagens de satélite. Seu objetivo é acabar com essa percepção assimétrica entre cidade e campo e acompanhar as mudanças no uso da terra, observando se há agricultura ou floresta, por exemplo.
Existem outros tipos de imagens de satélite, mas a Sentinel conta com alguns diferenciais importantes, como a identificação do uso do solo nos últimos 30 anos. Ou seja, é possível buscar imagens da década de 90 e acompanhar a mudança nessa dinâmica de ocupação da área.
Assim, o papel da agtech é municiar o operador com essas informações de forma ágil e digital, sem necessidade de alto investimento. Vale destacar que o satélite passa a cada 5 dias (aproximadamente), com resolução espacial de 10 metros, garantindo alta resolução e acompanhamento constante.
3. Histórico de precipitação de chuvas no campo
Quando falamos das variáveis que influenciam no agronegócio, o clima é uma das mais importantes. Imagine que uma propriedade rural é um empreendimento a céu aberto, então mesmo com os melhores produtores é possível que alguns obstáculos sejam enfrentados durante a safra.
Porém, isso não significa que a operação de crédito não possa contar com mais segurança e agilidade para as instituições financeiras. Com o microsserviço do histórico de precipitação de chuvas no campo, há uma maior previsibilidade do que pode acontecer nos próximos meses, principalmente com a identificação de tendências.
Essa ferramenta indica o histórico de chuvas, em milímetros por dia, de um determinado local (pode ser uma fazenda ou apenas uma coordenada) nos últimos 20 anos. Logo, durante o processo de análise, o operador faz essa consulta e analisa se há riscos mais elevados por tempestades ou secas.
O melhor é que a sua utilização é bastante simples. As requisições são feitas individualmente (não dependem de assinatura) e você precisa apenas informar a coordenada desejada, recebendo um relatório com os dados de precipitação. Essa função pode ser integrada com o seu próprio sistema para tornar a análise mais avançada.
O uso de soluções digitais fornecidas por uma agtech servem para melhorar o conhecimento sobre o agronegócio brasileiro. Esses microsserviços apresentados no artigo são exemplos de ferramentas digitais e práticas que podem fazer a diferença no processo de análise de crédito rural das instituições financeiras, principalmente porque tornam a operação mais segura e viável.
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