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Bureau de crédito agro: como utilizar na sua instituição!

Bureau de crédito agro: como utilizar na sua instituição!

Bureau de crédito agro: como utilizar na sua instituição!

15 de julho de 2021

Tempo de Leitura: 30 minutos

Você sabe como funciona um bureau de crédito no agronegócio? Os serviços de proteção ao crédito são amplamente utilizados pelas instituições financeiras durante o seu processo de análise do empréstimo, com o objetivo de diminuir os riscos de inadimplência e evitar prejuízos financeiros.

Quando falamos de financiamento rural, a situação é diferente. É claro que a análise do histórico do produtor é importante, mas novas variáveis são adicionadas a essa conta. Como atuar nesse mercado mesmo com todas as incertezas que envolvem o agronegócio, diminuindo esses riscos?

É nesse contexto que aparecem as soluções digitais de crédito, que servem justamente para mapear e avaliar todos os cenários que envolvem essas operações. A tecnologia é uma aliada importante para garantir que o crédito chegue nas mãos dos produtores, mas sem minar a rentabilidade da instituição.

Atualmente, esses recursos estão cada vez mais acessíveis para todos os tipos de empresas, desde os grandes bancos até traders de insumos e agtechs de crédito (Agfintechs). Pela internet, é possível acessar análises, relatórios e informações, fazer a integração à plataforma e modelagem de crédito já existente e desenvolver análises mais rápidas e eficientes.

Neste texto, você conhecerá um pouco sobre o funcionamento do bureau de crédito voltado para o agronegócio e também como as suas soluções podem impactar diretamente no crescimento da sua instituição financeira ou da empresa em que você trabalha. Boa leitura!

 

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O que é um bureau de crédito?

O bureau de crédito é uma plataforma com dados e informações voltada para empresas que realizam oferta de crédito para seus clientes. Por exemplo, quando um produtor rural quer investir em novas máquinas para expandir a sua lavoura, ele vai até uma instituição financeira para solicitar crédito.

Essa operação tem um risco, que é o de atraso no pagamento das parcelas ou mesmo na inadimplência, que gera prejuízos importantes para a instituição. Por isso, é realizada uma análise de crédito, a fim de entender se a oferta pode ser realizada e quais taxas são as mais justas para os dois lados.

Aqui entra o bureau, que contém diferentes análises para mapear todas as variáveis existentes nessa operação. A informação mais utilizada pelos grandes bancos é o histórico de pagamento — famoso score de crédito, que indica, por exemplo, de 0 a 1000 a pontuação de uma pessoa física ou jurídica.

Porém, como veremos mais à frente no texto, existem soluções digitais de crédito mais avançadas para o financiamento rural. Elas não consideram apenas esse histórico do cliente, mas também fazem avaliações da área, dados produtivos, climáticos, regionais, dentre outros, aumentando a precisão da análise.

Em suma, o objetivo do bureau de crédito é fazer a análise de cada operação de crédito com o máximo de informações possíveis e avaliar o risco dessa oferta. Quanto melhor for a qualidade desses dados, maior será o potencial de acerto, ou seja, a instituição financeira terá uma rentabilidade maior com menor risco.

Como funciona um bureau de crédito?

O coração de um bureau de crédito é um extenso banco de dados e uma alta capacidade tecnológica para processá-los. Assim, as empresas que oferecem crédito têm acesso a mais informações para definir a sua atuação no mercado e realizar cada operação.

Em geral, cada cliente tem um score de crédito, que é um número de X a Y, onde o máximo indica que, nos próximos 12 meses, a chance dele ficar inadimplente é a menor possível. O modelo é próprio de cada empresa e reúne informações públicas e privadas sobre o comportamento daquele consumidor.

No caso do financiamento rural, o bureau de crédito tem ainda mais importância, porque o agronegócio brasileiro está em crescimento nas últimas décadas, junto com a demanda por crédito. Ou seja, receber esses dados é fundamental para realizar uma conexão segura com o campo.

Para além do score de crédito de pessoas físicas ou jurídicas, no agro também existe o score da terra, que são análises voltadas para os territórios onde essa atividade, de fato, acontece. Assim, a oferta de dados pode desenvolver um estudo mais completo sobre cada operação.

Atualmente, muitas análises ainda são lentas, custosas, imparciais e não levam em consideração o que, de fato, importa. Porém, com a disponibilização de relatórios sobre diversas variáveis do campo e modelos de previsão matemáticos, o bureau de crédito agro vira uma ferramenta de suma importância.

Nesse sentido, empresas de todos os portes e tamanhos utilizam o bureau de crédito para realizar a sua operação, desde a análise da operação até o monitoramento dos territórios para gerenciar os riscos. Igual ao mercado financeiro, as empresas digitais — as agtechs de crédito — estão em crescimento.

 

Qual a diferença entre bureau tradicional e bureau agro?

Cada tipo de empréstimo tem as suas particularidades. Em um empréstimo pessoal, por exemplo, uma instituição financeira analisa quesitos ligados diretamente ao cliente que fez o pedido: está com o nome sujo? Tem o histórico de atrasar parcelas? Como é a sua vida financeira?

Por outro lado, o crédito rural tem uma finalidade específica: além de o investimento ser realizado no campo, surge uma série de novas variáveis que influenciam nessa análise. A atividade agrícola é cercada de incertezas e muitas delas não têm relação direta com o produtor que fez a solicitação.

Nesse sentido, a principal diferença entre o bureau de crédito tradicional e aquele voltado especificamente para o agronegócio é o foco em um maior número de elementos para viabilizar o financiamento. A mesma realidade da indústria e do comércio nas cidades não pode ser aplicada no campo.

O score de crédito é importante, mas sozinho não basta. Um produtor que já pegou crédito outras vezes e sempre pagou em dia pode sofrer com problemas na sua safra e não ter condições de arcar com as parcelas. Porém, com um conhecimento maior sobre a terra e com modelos preditivos, é possível antecipar esse problema.

Aqui vale um destaque importante. Ainda que a atividade seja diferente, existem maneiras de calcular riscos, como por exemplos os socioambientais e garantir uma maior segurança para a instituição financeira. Há décadas são coletadas informações sobre o nosso território, que permitem conhecer cada pedaço de terra com maior rigor e atuar com mais segurança.

Todo bureau de crédito tem acesso às mesmas informações?

As fontes públicas de informação estão disponíveis para todas as empresas que atuam nesse mercado. Porém, a grande diferença é que cada bureau tem a sua fonte privada de informação e, em alguns casos, fecha parcerias com terceiros que fornecem dados exclusivos para ele.

Nesse sentido, cada bureau de crédito desenvolve os seus próprios diferenciais, com base na sua área de atuação ou nos seus clientes. O bureau agro, como falamos em outros tópicos, disponibiliza um número mais amplo de informações, que não são encontradas nos serviços de proteção ao crédito tradicionais.

Ou seja, o grande diferencial está na coleta de dados, que varia em cada bureau, e na forma como esses dados são oferecidos a outras empresas. A instituição financeira tem o poder de escolher quais análises quer integrar ao seu modelo próprio para aumentar a exatidão do seu processo.

Em síntese, quando a empresa que está inserida no mercado de financiamento rural consegue desenvolver bem esse modelo, ela se destaca porque consegue prover um crédito mais justo para o cliente e com maior segurança para a sua realidade. Esse é o grande diferencial do bom processamento de dados.

Portanto, se a sua instituição financeira ainda não aderiu completamente à tecnologia para disponibilizar o financiamento rural, essa é a hora perfeita! O desenvolvimento de novos recursos tecnológicos deixa, a poucos cliques de distância e com um investimento baixo, o seu negócio pronto para trazer um impacto positivo no mercado e aumentar a sua lucratividade.

Por que a sua instituição deve usar um bureau de crédito?

O bureau de crédito é um mecanismo imprescindível para aqueles que financiam a agricultura no país. Sem esse conjunto de informações, cada operação de crédito rural vira um tiro no escuro, o que gera duas consequências: taxas mal calculadas ou créditos negados, que minam as oportunidades de negócio.

Dessa forma, a sua importância está ligada diretamente a uma melhor tomada de decisões, seja para aumentar a oferta de crédito ou dar um passo atrás e revisar os níveis de empréstimo.

Por outro lado, os bureaus ajudam a diminuir o índice de inadimplência, já que trazem conhecimentos sobre os produtores rurais e o campo brasileiro, mitigando riscos e antecipando oportunidades com uma análise de crédito mais completa.

Essa redução gera benefícios importantes para bancos, cooperativas, agtechs de crédito ou qualquer outra empresa que atua no setor. A principal delas é nas suas finanças, pois os prejuízos causados por análises erradas ou mesmo por tragédias naturais comprometem a sua rentabilidade e até sua imagem.

Contudo, ao realizar uma avaliação mais completa, além da tradicional, a instituição diminui bastante a possibilidade de perdas e gera um círculo positivo no agronegócio. Seus dados trazem mais prosperidade não somente para a empresa, mas também para aqueles que precisam do crédito e poderão utilizá-lo da melhor forma.

Em resumo, destacamos alguns motivos que explicam a importância do bureau de crédito:

  • conhecimento sobre o histórico do cliente e também da área em que o crédito será utilizado;
  • análise de crédito mais rápida e com maior transparência para os envolvidos;
  • taxas mais justas para os produtores, com previsão mais precisa dos riscos da operação;
  • queda na inadimplência, gerando mais rentabilidade na oferta de crédito.

Qual a importância do bureau de crédito para o agronegócio brasileiro?

A realidade do agronegócio brasileiro mudou bastante. Há anos, saiu aquela antiga lógica de desmatamento e crescimento desenfreado e entrou o conhecimento sobre a importância da sustentabilidade para o desenvolvimento dessa atividade. E a tecnologia tem papel fundamental nisso.

Como explicamos, o bureau de crédito é um catálogo de informações, que entende os dados como a matéria-prima para o desenvolvimento de qualquer tipo de negócio. Ou seja, os conceitos de tecnologia e sustentabilidade caminham juntos, porque sem esse conhecimento é impossível garantir um crescimento sustentável.

Porém, ainda há muito espaço para expandir essa percepção e as soluções digitais têm papel importante nessa democratização. Há algumas décadas, uma instituição precisava de uma grande estrutura para liberar o crédito com segurança. O resultado era um acesso dificultado e com altas taxas.

Agora, a situação é diferente, porque a tecnologia auxilia a fazer toda essa análise com apenas alguns cliques e garantir uma liberação mais rápida e atrativa para o produtor rural. Os dois lados saem ganhando e a relação fica mais transparente e segura para o progresso da instituição.

Por fim, a tecnologia também aumenta a credibilidade do agronegócio brasileiro, justamente porque muda essa antiga visão de uma atividade atrasada e inimiga da natureza. Ao descomplicar o acesso a novas ferramentas, o efeito são empresas mais engajadas e cientes da sua responsabilidade social.

Como as soluções digitais podem impactar a sua instituição?

Um problema comum nas instituições que oferecem financiamento rural é a falta de conexão entre a cidade (onde a empresa está sediada) e o campo (onde o produtor quer utilizar o crédito solicitado). Sem a visão correta da sua área de atuação, fica difícil tomar decisões estratégicas melhores.

Na análise de crédito tradicional, o produtor rural passa por um processo para conseguir a liberação do valor, que envolve a apresentação de um projeto e um cronograma de utilização dos recursos.

Porém, se a sua instituição financeira não tem acesso aos dados corretos, como saberá se aquele projeto realmente tem o potencial de dar certo e, assim, o produtor honrará com os compromissos assumidos na assinatura do contrato?

É nesse contexto que as soluções digitais de crédito viram uma peça fundamental na rotina de quem opera o financiamento rural.

Não quer dizer que o histórico do cliente não seja importante, mas um bureau de crédito completo entrega também análises mais profundas sobre o nosso campo, combinando as duas variáveis mais importantes: a pessoa (física ou jurídica) e o território (onde o valor será empenhado).

Por exemplo: qual é o clima predominante daquela região? Há quantos anos uma cultura é plantada em determinada área? Todas essas perguntas são relevantes na hora de avaliar se o crédito deve ser liberado e, mais do que isso, as taxas corretas para aquela negociação.

Com uma base de dados robusta, a sua agtech de crédito encontra respostas individualizadas para essas questões. São como peças de um quebra-cabeça que, juntas, entregam uma análise muito mais completa daquela operação, gerando mais valor para o negócio.

Quais os benefícios dessas soluções para quem oferece financiamento rural?

Falar que a tecnologia pode revolucionar um negócio é “chover no molhado”. Seu impacto pode ser sentido em diversas áreas da sociedade, mas nos últimos anos a transformação da atividade agrícola no país gerou muitas oportunidades de negócio para instituições financeiras.

Além de um bureau de crédito tradicional, que pontua o score de crédito dos clientes, há uma gama enorme de outras ferramentas, informações ou relatórios que podem melhorar a sua oferta de financiamento. O mais importante é a transparência e agilidade do processo.

Listamos os principais benefícios das soluções digitais para quem disponibiliza crédito rural. Veja mais!

Maior conexão com o campo

A cadeia do agronegócio brasileiro é extensa. Enquanto as empresas que vendem insumos podem estar mais perto do campo, as instituições com sede na Faria Lima estão distantes dessa realidade. Ou estavam, porque a tecnologia permite uma conexão em tempo real com esses territórios.

Dessa forma, com a utilização de soluções digitais que acompanham as novas tendências do mercado, as empresas deixam essas distorções para trás e são capazes de ter uma apreensão de risco (seja de crédito, desempenho, moral, reputação ou socioambiental) mais precisa. A consequência é uma oferta de crédito rural atrativa, com agilidade e segurança.

Controle maior sobre o processo

O crédito rural é um dos motores do agronegócio, principalmente para o custeio da atividade e investimento em novas tecnologias. Desde o princípio do mercado de crédito, de forma geral, as instituições têm acesso somente às informações declaradas pelo produtor, o que é considerado uma assimetria nas informações.

O efeito são instituições cada vez mais seletivas na oferta de crédito, que gera um ciclo ruim para essa área. Porém, as soluções digitais surgem justamente para clarear esse processo e trazer mais dados para o lado do operador. Com a digitalização, há um controle maior sobre o processo, com mais segurança e sem deixar oportunidades para trás.

Análise de crédito mais rápida

A dificuldade no acesso ao crédito é um problema não só para os produtores rurais, mas também para as instituições financeiras. A explicação principal é a lentidão na análise de cada operação, que faz com que muitos financiamentos não sejam liberados ou mesmo que os clientes encontrem dificuldades nesse relacionamento.

Com a digitalização do processo, as operações são analisadas de forma mais rápida e o acesso ao crédito é facilitado. Isso porque a companhia está munida de mais informações para avaliar os riscos daquela operação e pode atuar com mais transparência para atrair novos clientes e gerar mais oportunidades.

Avaliações mais completas

Uma análise tradicional de um financiamento leva em conta o histórico de pagamento dos clientes. Em geral, quando a pessoa tem nome sujo, ela não consegue pegar um empréstimo ou recebe uma resposta com taxas altíssimas, justamente porque a empresa quer evitar um calote.

Apesar disso, a realidade no campo é diferente. Ferramentas mais avançadas permitem que a instituição vá além do histórico do produtor e adicione análises voltadas para o território, identificando riscos com base nos dados disponíveis sobre a região. Assim, a probabilidade de sucesso de cada operação aumenta consideravelmente.

Queda na inadimplência

Prejuízos não esperados podem ocorrer a qualquer momento, mas existem formas de mitigar esses riscos no agronegócio. Quando a lavoura de um produtor que pegou crédito é afetada por uma forte chuva ou seca, a probabilidade dele não honrar com as parcelas aumenta pela falta de condições financeiras.

Porém, a sua instituição pode identificar anteriormente que aquela região está propícia a fortes chuvas nos próximos meses e não fechar o negócio. O mesmo vale para o inverso: usar os dados para identificar boas oportunidades e aumentar a oferta de crédito em determinadas áreas, trazendo mais rentabilidade.

Custos operacionais mais baixos

Como atestar um monitoramento completo dos territórios sem usar soluções digitais? Muitas empresas que estão sediadas em grandes centros comerciais precisam manter uma estrutura ativa no campo, com visitas presenciais frequentes. É uma forma mais custosa e lenta de realizar o processo.

Agora, recursos tecnológicos alcançam o mesmo objetivo com análises mais rápidas e precisas por um custo mais baixo. Esse é um diferencial competitivo importante para essas empresas: operação mais enxuta e produtiva, com menores riscos e boa lucratividade.

Personalização dos modelos da companhia

Muitas empresas de sucesso no ramo de tecnologia e também no mercado financeiro tiveram a sacada de criar modelagens próprias para explorar oportunidades no mercado e crescer rapidamente. No agronegócio brasileiro, essa é uma bola que está dentro da área, pronta para ser chutada para o gol.

Com soluções sob medida para as financiadoras do crédito rural (veja nos tópicos a seguir alguns exemplos), é possível criar um processo próprio de análise e monitoramento, com objetivo de oferecer um serviço diferenciado para os empreendedores do campo. Assim, em vez de replicar modelos, a instituição tem um leque de opções para potencializar o seu negócio.

 

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Como funciona um marketplace de soluções digitais de crédito?

O marketplace é um modelo de negócios que está em alta no Brasil e funciona como um centro comercial, só que completamente virtual. Ou seja, várias lojas estão dentro de um site e oferecem seus produtos, que podem ser de categorias parecidas ou até completamente diferentes.

O marketplace de crédito rural tem a mesma lógica, mas funciona um pouco diferente. Nesse caso, você não encontra o mesmo produto com preços diferentes, mas uma gama de produtos diferentes que, utilizados em conjunto, ou até mesmo separados, podem fazer uma grande diferença na atuação da sua companhia.

Imagine que você vai montar um computador novo para jogar no seu tempo livre. Existem diversos modelos de peças diferentes, mas com uma pesquisa detalhada você escolhe a sua configuração ideal. A mesma lógica pode ser aplicada durante uma análise para a concessão de crédito rural.

Dentro do marketplace, dezenas de serviços são ofertados. A sua instituição escolherá aqueles que, dentro dos seus procedimentos, serão úteis para aumentar a produtividade e trazer bons resultados. Em vez de pagar por uma plataforma completa, essa dinâmica sob demanda é mais barata e eficiente.

Acima de tudo, o modelo de marketplace democratiza o acesso às soluções digitais. Por meio de uma plataforma, a empresa de qualquer tamanho é capaz de realizar todo o processo direto do seu escritório, escolhendo apenas os produtos que deseja e com preços acessíveis. Tudo em poucos cliques!

Quais são essas “novas” funcionalidades do bureau de crédito agro?

Além do score tradicional de crédito de pessoas físicas ou jurídicas, que algumas empresas oferecem por meio de consulta, as instituições podem acessar outros tipos de scores centrados nos territórios agrícolas.

Como dissemos anteriormente, eles são uma forma mais completa de fazer a análise de crédito, porque combinam mais dados e com um processamento mais rápido. Assim, a instituição é capaz de monitorar todas as variáveis do processo e realizar uma gestão de risco mais adequada.

Mais do que isso, com o acesso a novas ferramentas, quem financia o agronegócio no Brasil pode construir a sua própria modelagem. Isso inclui todos os riscos envolvidos no processo — não só o de crédito, mas também riscos morais e produtivos, entre outros.

Conheça alguns dos principais relatórios disponíveis para contribuir no processo de análise dentro da sua instituição!

Classificação da aptidão agrícola

Indica a classe de aptidão predominante de uma fazenda,  CAR, talhão ou gleba, com parâmetros como solo, topografia e textura. Assim, a empresa tem uma visão precisa sobre o potencial de uso das terras, aproveitando os seus recursos naturais.

Esse relatório evita, por exemplo, que um produtor rural apresente um projeto para plantar soja em um solo que não tem a aptidão necessária para isso. Ou seja, os riscos de perdas na safra são identificados antes mesmo da concessão do crédito.

Histórico de precipitação

Produz um relatório com o histórico das chuvas em um determinado local nos últimos anos. Dessa forma, o operador tem mais uma informação para entender o risco de prejuízos por excesso de chuva, por exemplo.

Vale destacar que as condições climáticas são um dos principais motivos de perdas no campo. Algumas culturas precisam de condições específicas para serem rentáveis e, por isso, essas informações são relevantes no processo.

Estimativa de Produtividade

Esse é um relatório exclusivo do bureau de crédito da Agrotools (Agri Bureau), que calcula o potencial de produtividade de uma lavoura (soja ou milho), a partir de certas informações: localização, época do plantio e maturação. Além de ter dados disponíveis para safras anteriores, também projeta uma estimativa de quebra da safra atual.

Esses dados podem ser cruzados com o projeto apresentado pelo produtor no pedido de crédito, a fim de entender se aquela safra tem o potencial de ser rentável. O objetivo é identificar o risco de perdas e tornar o crédito mais atrativo quando houver o potencial de bons resultados.

Validação de Cultura

Indica o tipo de cultura que foi plantada em determinada região, junto com a data de plantio. É uma forma digitalizada de realizar a verificação, sem a necessidade de um agente ter que ir até o local para atestar a informação, como ocorre em alguns casos.

Com isso, a instituição financeira tem uma maior segurança sobre a operação e pode, com outros relatórios, monitorar aquela safra. Por outro lado, se houver qualquer informação desencontrada, a validação permite uma pronta intervenção para proteger o seu fluxo de caixa.

Imagem de satélite Landsat

Disponibiliza uma sequência de imagens de satélite Landsat durante o período definido (entre 5 e 60 dias) de um território de escolha. A tecnologia serve para a observação dos recursos naturais terrestres, o que permite que a sua empresa conheça melhor uma área mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Esse é um dos grandes diferenciais do bureau de crédito agro, porque traz informações completas sobre todas as variáveis que impactam o campo brasileiro. Nesse caso, a consulta é individualizada e mostra imagens apenas do território escolhido, trazendo mais assertividade para a operação.

Imagem de satélite Sentinel

Igual ao anterior, disponibiliza uma sequência de imagens de satélite de um território no período escolhido. A diferença principal é que a tecnologia do Sentinel permite uma recorrência temporal mais alta para a mesma área do que a do Landsat.

Área Plantada em Município

Informa a área plantada em hectares de uma determinada cultura, em um município específico, na data informada. Permite acompanhar, por exemplo, se houve alguma mudança nesses números nos últimos anos.

Identificação de Bioma

Determina em qual bioma (Cerrado ou Caatinga, por exemplo) a localização informada está inserida. Esse é um dado relevante para saber se o projeto apresentado pelo produtor rural condiz com a realidade do local ou se representa um risco de prejuízos.

Além disso, respeitar a característica de cada porção da terra garante um agronegócio mais sustentável no país, o que é benéfico para todos os envolvidos no processo.

Identificação de focos de incêndio

Relatório que faz um cruzamento de dados para saber se existem queimadas (focos de calor) em uma área de interesse, que pode ser uma fazenda, gleba ou talhão. Existem biomas que são mais propícios a incêndios.

Além disso, vale destacar que as queimadas são utilizadas, por exemplo, para abrir pasto pelos pecuaristas, o que é prejudicial para o meio ambiente. Portanto, essa identificação também traz mais segurança para a instituição antes de conceder o crédito.

Dívida trabalhista

Consulta para conhecer se existem Dívidas Trabalhistas referentes às pessoas físicas ou jurídicas. Esse dado é importante para entender o histórico das relações de trabalho do solicitante e pode indicar possíveis problemas de gestão.

Inscrição Estadual

Possibilita à instituição entender se determinada pessoa tem uma inscrição estadual em vigor. Essa função informa se um produtor rural tem algum tipo de formalização no seu estado ou se é sócio de outras empresas.

Consulta ao CAR

Função que disponibiliza a geometria do Cadastro Ambiental Rural (CAR) apenas com o número do CAR ou uma coordenada geográfica correspondente. Serve, por exemplo, para cruzar informações com o projeto apresentado pelo produtor ou mesmo fazer o monitoramento daquela área.

Como adicionar essas análises à sua instituição?

Diversos tipos de instituições operam crédito rural: desde agtechs de crédito e fintechs até bancos especializados no agronegócio. Cada uma delas têm a sua forma de trabalhar e sua própria plataforma de processamento dos pedidos de crédito. Adicionar novas ferramentas a esse modelo pode parecer difícil, mas não é.

Por meio de APIs, uma agtech de crédito pode adicionar a estimativa de produtividade ao seu modelo de financiamento próprio. Traduzido para o português como “Interface de Programação de Aplicações”, um API nada mais é do que um código que permite essa integração de informações, mesmo que em diferentes linguagens de programação.

O ponto positivo de usar um marketplace de soluções digitais é a personalização da base de dados. Em vez de pagar por assinaturas caras, muitas vezes com informações que não são úteis para a empresa de financiamento, é possível contratar apenas as ferramentas desejadas e montar um “carrinho” individualizado.

Ou seja, um dos grandes benefícios de adicionar essas novas tecnologias ao seu negócio é a possibilidade de pagar por requisições. Assim, para cada tipo de cliente ou operação, a instituição pode desenvolver os seus próprios critérios e pagar somente por cada serviço utilizado.

A integração entre os dados do bureau de crédito e da instituição é complexa?

Antecipadamente, a resposta é não! Por meio de APIs de integração, a instituição financeira adiciona novas funções a sua plataforma. Ou seja, quando ela faz a compra de um micro serviço, tem acesso a consultas e processamentos na base de dados desse fornecedor, mas de forma integrada com a sua base.

O acesso é parecido com qualquer serviço adquirido pela internet. Depois de criar uma conta na plataforma e finalizar a compra, as instruções de acesso chegam por e-mail, com o passo a passo para entrar no ambiente seguro e usufruir de todas as análises disponíveis.

Na Agrotools, as APIs são conhecidas como functions, que possibilitam as consultas àqueles dados específicos que foram listados acima. Por exemplo, se a consulta for uma identificação de bioma na área desejada, todas informações necessárias para aproveitar a integração são enviadas pela plataforma.

Esses serviços também podem ser pixels, que são ferramentas de análises específicas que estão disponíveis em pacotes de assinaturas. Nesse caso, é necessário ter em mãos as coordenadas geográficas daquele território que você deseja acompanhar. Isso vai depender de qual pixel foi adquirido.

Em síntese, não existem grandes empecilhos para aproveitar todos esses serviços na sua instituição. Basta escolher as soluções que serão úteis para a sua própria modelagem de análise de crédito e realizar a integração dentro da sua própria plataforma. Depois é só aproveitar os resultados!

O bureau de crédito também é uma solução para pequenas e médias empresas?

A princípio, existe uma crença de que soluções digitais para o agronegócio custam muito caro e são muito difíceis de serem implementadas em pequenas ou médias empresas. Porém, a realidade é inversa. Com o conceito de marketplace, mesmo agtechs ou empresas menores são capazes de ter acesso à alta tecnologia.

O pagamento por requisição, que falamos anteriormente, permite que a sua companhia controle o volume de informações necessárias para a sua operação. Não é necessário comprar uma solução completa, com extenso banco de dados e relatórios. Até porque os valores não seriam possíveis.

Pelo contrário, você pode realizar apenas uma solicitação do histórico de precipitação em determinada localização, com baixo custo. Se existir alguma dúvida quanto às dívidas trabalhistas daquele cliente, a solicitação também pode ser feita de forma individual, sem assinaturas.

Esse é um conceito novo no mercado, mas que permite a criação de uma rede digital dentro do agro brasileiro. Como ocorre no mercado financeiro, onde bancos digitais estão crescendo com modelagens próprias e serviços personalizados, é possível que uma geração de agtechs de crédito cresçam com a utilização dessas soluções mais avançadas e cada vez mais acessíveis.

Apenas bancos utilizam essas soluções digitais?

Quando pensamos em fianciamento rural, automaticamente lembramos dos grandes bancos ou instituições financeiras que operam esse processo. Porém, as soluções digitais de um bureau servem para todos os tipos de empresas inseridas nessa atividade: agtechs de crédito, revendedoras de insumos agrícolas e financiadores digitais agroindústrias, entre outras.

Qualquer companhia que tenha algum tipo de relação com o campo pode utilizar esses serviços e a ideia é que eles se tornem cada vez mais acessíveis. O uso de marketplaces é justamente um passo nesse sentido para democratizar a tecnologia na agropecuária.

Portanto, os grandes bancos também são um público importante do bureau de crédito, pois o maior fluxo de crédito rural passa por eles. Mas a tendência é que cada vez mais novas empresas também possam ter acesso a essas informações para criar um ambiente de negócios mais rico no campo.

Além disso, a oferta de dados também é relevante para aqueles que fornecem seguro para os produtores rurais. Ainda há um vasto pedaço do território brasileiro sem coberturas, o que indica um alto potencial para crescimento e criação de novas oportunidades. E a tecnologia é fundamental para isso.

No bureau de crédito da Agrotools, modelos próprios e dados terceirizados de parceiros são disponibilizados por consulta, a preços baixos. Profissionais que atuam com trading, por exemplo, podem acessar dados como análise socioambiental e produtividade histórica da safra com apenas um clique.

Definitivamente, o bureau de crédito é uma ferramenta fundamental para todas as empresas que estão inseridas no mercado de financiamento rural, porque traz diversos benefícios para a sua operação. Com a tecnologia cada vez mais acessível, integrar esses dados às suas análises garante uma gestão de riscos melhor e gera uma oferta de crédito mais atrativa e segura.

O Agri Bureau está disponível dentro do marketplace da Agrotools, o AT Market, e oferece diversas soluções digitais para todos os tipos de instituições que oferecem financiamento rural. Acesse agora mesmo o catálogo de microsserviços e veja como eles podem fazer a diferença na sua empresa!


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