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Economia circular: conceito e impactos positivos para a sua empresa

Economia circular: conceito e impactos positivos para a sua empresa

Economia circular: conceito e impactos positivos para a sua empresa

12 de agosto de 2021

Tempo de Leitura: 7 minutos

Você já ouviu falar em economia circular? Seu conceito é um dos pilares da agenda da sustentabilidade no mercado corporativo, principalmente no período em que as empresas buscam ser mais responsáveis com o meio ambiente e querem neutralizar suas emissões de carbono na atmosfera.

Se não houver sérias mudanças no processo produtivo nos próximos anos, problemas como o aquecimento global e a fome não serão solucionados. Na verdade, a tendência é que a situação piore, então implementar novos sistemas será uma questão de sobrevivência.

Neste artigo, você conhecerá melhor o funcionamento da economia circular e algumas ideias para adotá-la na sua empresa. Boa leitura!

O que é economia circular?

A economia circular é um sistema de produção e consumo que compreende o reaproveitamento dos materiais, visando estender a sua vida útil. O objetivo é diminuir o número de resíduos e combater o desperdício, porque os produtos se transformam em matéria-prima em vez de serem descartados.

Esse modelo contrasta com a economia linear, onde o processo segue a lógica de extração, produção e descarte. Nesse caso, é necessária uma oferta gigante de recursos finitos, que podem se esgotar e gerar o desaparecimento da matéria-prima. A exploração excessiva dos recursos trará graves problemas para o mercado no futuro.

Por outro lado, o propósito da economia circular é acabar com o desperdício. Mais do que impacto financeiro para as empresas, porque existe a oportunidade de melhorar a rentabilidade do processo produtivo, há também uma dificuldade no acesso aos recursos na lógica atual.

“No momento em que o Brasil volta para o mapa da fome, temos 30% de desperdício (no setor de alimentação)”, destacou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, durante um debate organizado pelo jornal Valor Econômico.

Além disso, a economia circular é um dos temas centrais da agenda ESG (ASG em português, que é a sigla para Ambiental, Social e Governança), porque gera benefícios para o meio ambiente e sociedade. Quanto menor for o desperdício, menor será a utilização de novos recursos e a emissão de carbono — o planeta agradece!

Quais os impactos positivos dessa economia?

Como citamos anteriormente, a economia circular tem papel importante na busca por um planeta mais sustentável. O reaproveitamento dos produtos e a utilização de recursos renováveis contribuem para uma economia de baixo carbono, com redução nas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e combate ao aquecimento global.

Além disso, mudar a forma de pensar o processo produtivo traz novas oportunidades de negócio para as empresas. A economia circular preza pela eficiência, com ganhos de rentabilidade e aumento da competitividade. Há também uma menor pressão sobre o meio ambiente, com foco em tecnologia e inovação.

“O objetivo é avançar e acelerar a transformação do ecossistema do negócio. Ao final do dia, a sustentabilidade é o caminho que vai guiar o resultado da lucratividade de uma empresa”, apontou Javier Constante, presidente da DOW para a América Latina, durante o debate no Valor Econômico.

Ao mesmo tempo, o mercado financeiro entendeu a importância do tema e os gestores colocam os critérios ESG com prioridade na hora realizar os seus investimentos. Ou seja, não adotar essas práticas pode fazer a “torneira do dinheiro fechar”, o que é prejudicial para as companhias no longo prazo.

Vale destacar que há uma demanda da sociedade por empresas com maior responsabilidade socioambiental. Não é mais aceitável que a sua atividade gere impactos negativos ao meio ambiente — não apenas na atividade principal, mas também em toda a sua cadeia de suprimentos.

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Como implementar a economia circular nas empresas?

Segundo um relatório de 2019 da Circle Economy, apoiado pela ONU, apenas 9% da economia mundial é circular. Isso significa que a esmagadora maioria da nossa produção ainda é descartada. Ou seja, o caminho é longo, mas a oportunidade para mudar o quadro é enorme.

Desde já, a implementação passa por processos mais sustentáveis, com o mapeamento dos resíduos gerados. Por exemplo, quais produtos do portfólio da sua empresa podem ser reaproveitados? A partir disso, é possível encontrar parceiros no mercado ou criar projetos para os materiais retornarem à fábrica.

Além disso, as empresas também devem adotar projetos para se tornarem Net Zero nos próximos anos, ou seja, alcançarem a neutralidade em carbono, sem causar danos adicionais ao meio ambiente. Para isso, é necessário diminuir as emissões no curto e médio prazo e compensar as emissões que ainda são realizadas.

Nos dois cenários, a economia circular é importante porque a diminuição de resíduos significa menor utilização de matéria-prima nova e, com isso, menos emissões. Assim, o primeiro passo é entender quais resíduos são produzidos pela sua companhia e verificar o nível de complexidade do seu reaproveitamento. O metal é um exemplo de material amplamente reutilizável.

De qualquer forma, o investimento em tecnologia e inovação é fundamental para promover essas mudanças. Soluções digitais voltadas especialmente para o mundo corporativo ajudam a controlar toda a cadeia de valor, identificando como a produção pode ser circular, ao mesmo tempo em que o compliance socioambiental é respeitado.

 

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Quais os desafios para avançar nessa agenda?

De fato, mudar a lógica de produção para uma economia circular não é tarefa fácil. O primeiro grande desafio é desenvolver uma estratégia interna de sustentabilidade, que vá além apenas de metas de longo prazo. Para alcançar bons resultados em 2050, é preciso fazer diferente desde já.

Reduzir o desperdício e reaproveitar os produtos como matéria-prima ajuda na emissão dos GEE, mas é fundamental que a avaliação siga o conceito de mensurável, reportável e verificável (MRV), ou seja, que as transformações propostas sejam reais e possam ser analisadas e metrificadas.

Ademais, as companhias precisam tomar cuidado com o greenwashing (“pintando de verde”, em português), que são aquelas que pregam a sustentabilidade em discursos e campanhas de marketing, mas que não colocam ações reais em prática. Avançar com os projetos verdes e também buscar certificações (como a do Sistema B) para testar a veracidade dos seus esforços devem ser prioridades.

Por fim, o desafio é engajar toda a cadeia de suprimentos da empresa nessa lógica e buscar a neutralidade do carbono também nas emissões indiretas. Aqui, a tecnologia é protagonista, porque as soluções digitais permitem acompanhar e mitigar os riscos socioambientais em toda a cadeia, desde a propriedade rural até o consumidor final.

Concretizar uma ampla economia circular não será possível em poucos anos, mas as ações tomadas agora farão toda a diferença no longo prazo. Por isso, levar a pauta de ESG e sustentabilidade para dentro das empresas e compreender a importância do tema é a chave para corrigir as mudanças climáticas e responder os anseios da sociedade.
Atualmente, a rastreabilidade limitada da cadeia de suprimentos é um dos obstáculos para colocar a economia circular em prática. Leia este artigo e veja como você pode ter mais controle sobre o processo utilizando a tecnologia!


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