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Agenda BC Sustentabilidade fortalece ações para o gerenciamento de riscos

Agenda BC Sustentabilidade fortalece ações para o gerenciamento de riscos

Agenda BC Sustentabilidade fortalece ações para o gerenciamento de riscos

27 de janeiro de 2022

Tempo de Leitura: 8 minutos

O Banco Central do Brasil publicou em setembro de 2021 o primeiro RIS (Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas).  O documento faz parte da Agenda BC Sustentabilidade da autarquia federal e mostra as práticas da instituição para o gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos. Ele serve também como balizador para as instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional elaborarem sua Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática.

Saiba neste artigo a importância da Agenda BC Sustentabilidade para os negócios da sua empresa e como a Agrotools te auxilia nas ações de gerenciamento de riscos.

O que é a Agenda BC Sustentabilidade

A saúde do sistema financeiro global está cada vez mais relacionada com o desenvolvimento da agricultura digital e ações para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Por isso, o aquecimento global deve ser uma preocupação de todos, não só de agricultores e ambientalistas, alerta o TCFD (Task Force on Climate related Financial Disclosures).  

Assim, é preciso desenvolver ações de gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos, já que eles influenciam no bem-estar econômico de toda a sociedade. 

Atento a isto, o Banco Central do Brasil ampliou em 2020 a Agenda BC#, lançada em 2019 para modernizar o Sistema Financeiro Nacional. 

De acordo com o Banco Central, “a Agenda BC# reformula o projeto iniciado em 2016 pela Agenda BC+, acrescentando novas dimensões e fortalecendo as dimensões anteriores”.

Inicialmente, a Agenda BC# foi baseada em 4 pilares: inclusão, educação, competitividade e transparência, e depois ganhou o seu quinto pilar, o da sustentabilidade. 

A nova agenda, diz o banco, “tem papel fundamental na alocação de recursos para o desenvolvimento de uma economia mais sustentável, dinâmica e moderna”.

Com isso, a autarquia federal alinha-se ao ESG, sigla formada pelas iniciais das palavras environmental (ambiental), social (responsabilidade social) e governance (governança).

Nova call to action

Dentre as ações de responsabilidade socioambiental do Banco Central, estão a:

  • Promoção da cultura de sustentabilidade pelo CRSO (Comitê de de Responsabilidade Socioambiental Organizacional);
  • Revisão da Política de Responsabilidade Socioambiental do BC pelo CRSO;
  • Reduzir o impacto ambiental verificado nos processos de meio circulante;
  • Incluir o tema RSA (responsabilidade socioambiental) no Museu de Economia;
  • Desenvolvimento de relatório de riscos socioambientais.  

Destas ações, já foram executadas a Revisão da Política de Responsabilidade Socioambiental do BC pelo CRSO e o desenvolvimento de relatório de riscos socioambientais.

Com estas duas iniciativas, o Banco Central realiza um trabalho pioneiro no Sistema Financeiro Nacional. Veja abaixo os detalhes sobre elas.

Agenda BC e o gerenciamento de riscos

Nos últimos anos, vem crescendo a presença da sigla ESG em relatórios de divulgação, sejam de empresas do setor financeiro ou de outros setores.

No mundo, de acordo com a segunda edição da Carta Propague, sobre “Sustentabilidade no sistema financeiro: tendências regulatórias e evolução do mercado”, entre 2016 e 2020 houve crescimento de 97% no número de disposições obrigatórias sobre ESG.

Empresas do Brasil também já desenvolvem práticas ESG e trabalham com a divulgação de relatórios voltados para atender esta demanda socioambiental.

Mas, conforme observa a Propague, com base em recomendação do TCFD, é importante haver a padronização dos relatórios de identificação de riscos e oportunidades ambientais. 

Nesse contexto é que o Banco Central do Brasil lançou ano passado o primeiro RIS (Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas).

Com a publicação, o Banco Central visa facilitar a gestão integrada de suas ações nesta área, contribuir para as discussões sobre o tema e prestar contas à sociedade.

Busca também se alinhar à vanguarda internacional na promoção e regulação de medidas de sustentabilidade para o mercado financeiro. 

Além disso, o banco propôs ao CMN (Conselho Monetário Nacional) um conjunto de regras para a elaboração de relatórios sobre gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos, aplicáveis às instituições do Sistema Financeiro Nacional.

Os aprimoramentos regulatórios, segundo o Banco Central, atualizam e ampliam a normatização anterior sobre o tema. Assim, o modelo divulgado pelo Banco Central deverá ser seguido por outras instituições financeiras.

Dentre as alterações, está a mudança no conceito genérico de risco socioambiental, estabelecido pela Resolução nº 4.327, de 2014.

Agora, o conceito foi substituído por definições específicas para o risco social, o risco ambiental e o risco climático, com exemplos de eventos para cada um deles.

Nova call to action

Agenda BC e o amadurecimento da sociedade

A nova agenda sustentável do Banco Central do Brasil, na avaliação da própria instituição, tem “papel fundamental na alocação de recursos para o desenvolvimento de uma economia mais sustentável, dinâmica e moderna”.

Essa nova fase representa também que o banco acompanha o amadurecimento da sociedade para as questões ambientais.

Inicialmente com a demanda por produção de energia limpa, depois pela produção de alimentos com respeito ao meio ambiente, até chegar ao mercado financeiro, com as finanças sustentáveis (investidores com políticas de governança para a questão ambiental).

Assim é que hoje já é mais que perceptível que práticas sustentáveis geram redução do desperdício, operações eficientes, com aumento da produtividade e redução de custos, e fortalecimento e valorização da força de trabalho. 

Para 2022, uma das metas do Banco Central é ter um Plano Safra, principal política pública voltada para financiar o agronegócio no Brasil, com mais incentivo às práticas sustentáveis. 

A segunda edição da Carta Propague faz observações neste sentido, ao observar que “o mercado já vem se adaptando, tendo havido crescimento exponencial das operações de crédito no Brasil”.  

Em 2015, o valor das operações chegou a US$ 549 milhões, enquanto que só no primeiro semestre de 2021 elas alcançaram a cifra de US$ 9,5 bilhões.

Neste sentido, é essencial a realização do monitoramento de territórios em qualquer lugar do Brasil, e assim mitigar os riscos nas operações financeiras. Leia mais abaixo!

Como a Agrotools auxilia no gerenciamento de riscos  

A Agrotools possui soluções digitais completas para instituições financeiras que oferecem crédito rural ou seguro rural, que permitem digitalizar o gerenciamento de riscos nas operações.  Estas ferramentas agilizam suas operações, trazendo mais segurança e transparência, a partir do monitoramento 100% remoto da sua carteira de clientes e da otimização da gestão de riscos. 

No marketplace Agrotools, você pode utilizar ainda os Pixels para analisar o produtor rural e garantir uma operação financeira segura. Um bom exemplo é a análise socioambiental. Além disso, também estão disponíveis APIs para requisitar informações a partir do próprio sistema que sua empresa já utiliza, integrando uma imensa base de dados proprietária com mais de 1300 camadas de informações.

Conclusão

A Agenda BC Sustentabilidade representa um avanço para as operações das instituições que atuam no Sistema Financeiro Nacional, bem como para o desenvolvimento de práticas ESG, com foco no gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos. 

Também é de grande importância que o Brasil já tenha, por meio do Banco Central, um balizador para a produção dos relatórios sobre o assunto, com atualizações importantes, adequadas aos novos tempos.

*autor: Mário Bittencourt Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão


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