Cooperativas de crédito e os financiamentos rurais no Brasil
17 de outubro de 2022
Tempo de Leitura: 4 minutos
As cooperativas de crédito têm uma presença fundamental dentro do mercado de crédito rural no país. O seu impacto positivo pode ser sentido no desenvolvimento local, já que suas iniciativas são socialmente responsáveis e beneficiam os produtores cooperados.
Nas últimas décadas, as cooperativas vêm crescendo exponencialmente. Por isso, é cada vez mais importante a utilização de ferramentas digitais para o gerenciamento do risco de crédito e outras soluções que tragam maior segurança para as suas operações.
Papel do cooperativismo para o desenvolvimento local
Quando falamos de crédito para produtor rural, as cooperativas têm grande importância no desenvolvimento desse mercado, principalmente pelos seus impactos sociais. Muitas comunidades experimentaram um crescimento elevado por conta desses recursos.
O Sistema Nacional de Cooperativismo de Crédito (SNCC) tinha quase 850 cooperativas até o final de 2020, com crescente participação no Sistema Financeiro Nacional. Em 2006, elas representavam 3%, mas agora chegaram a 9%.
Com a perspectiva da atualização do SNCC, essa participação pode chegar a 20% nos próximos dez anos. Logo, é um setor que colhe bons resultados e ajuda a fortalecer o agronegócio brasileiro.
Algumas características são fundamentais para essa realidade. Podemos destacar a participação do produtor como sócio, que tem peso nas tomadas de decisão, e nos serviços voltados especialmente para a comunidade atendida, como como conta corrente e aplicações financeiras.
Cooperativas de crédito em alta no Brasil
Nos dois primeiros meses do Plano Safra 2022/23, as cooperativas de crédito foram os grandes destaques do financiamento rural. Ao todo, elas desembolsaram R$ 15,5 bilhões para os produtores.
Esses números representam uma alta de 11% para o mesmo período da última safra. Além disso, também significam que as cooperativas ultrapassaram os bancos privados no volume de recursos emprestados — sem contar os títulos do agronegócio.
O desempenho das cooperativas de crédito só fica abaixo dos bancos públicos, que são o grande motor do crédito rural no Brasil. Porém, elas mostram que o modelo está em alta e tem a confiança de muitos agricultores.
Um grande diferencial é o relacionamento próximo entre a cooperativa e o produtor, que é possível pelo modelo de negócio apresentado. Dessa forma, os mais de R$ 40 bilhões recebidos do Tesouro Nacional devem ser consumidos em sua totalidade nos próximos meses.
Soluções digitais para as cooperativas
Nesse contexto de expansão na participação do Plano Safra, as cooperativas de crédito devem investir em soluções digitais para tornar as suas análises de crédito mais rápidas e assertivas.
Assim como ocorre em outras instituições financeiras, as cooperativas de crédito precisam otimizar a sua gestão de risco, com o monitoramento de todas as variáveis que envolvem a liberação do crédito. Isso só é possível em larga escala com o uso de tecnologia.
Muitos fatores podem ter um ganho de eficiência, como a avaliação de imóveis rurais apresentados como garantia nas operações. Com a valoração remota, não é necessário deslocar o técnico até a propriedade, o que traduz em redução de custo e escalabilidade.
Até pelo contexto das cooperativas de crédito e do seu impacto nas comunidades, assegurar esse desenvolvimento tecnológico pode trazer excelentes resultados para as instituições, o que se transforma em ganhos para os produtores que atuam como donos — as conhecidas “sobras”.
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