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Gás metano, aquecimento global e segurança alimentar

Gás metano, aquecimento global e segurança alimentar

Gás metano, aquecimento global e segurança alimentar

4 de agosto de 2022

Tempo de Leitura: 6 minutos

O aquecimento global está no centro do debate no século XXI. Nesse sentido, a emissão do gás metano é relevante, principalmente pelo seu impacto devastador no efeito estufa. Porém, não seria razoável nem correto apontar o agronegócio como o grande vilão dessa história.

O desenvolvimento da agenda ESG reforçou a adoção de melhores práticas nas cadeias produtivas. Sem dúvida, as empresas não devem ter, em sua originação, fornecedores que não cumpram requisitos sociais, ambientais e de governança. É nesse contexto que vamos entender melhor as emissões de metano e o que vem sendo feito para mitigá-las.

Por outro lado, estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traz boas perspectivas. O Brasil está entre os países que mais reduzem a emissão de gases de efeito estufa durante os processos de produção agropecuária, desde o plantio até a colheita. 

Nova call to action

Brasil firmou compromisso para reduzir as emissões de metano

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), o Brasil firmou um compromisso para diminuir em 30% a emissão do gás metano até 2030. Outros 100 países também assinaram o Acordo sobre o Metano.

Em resumo, o carbono sai na forma de metano pelas excretas e flatulências de vários animais, e também pela eructação (arroto) dos animais ruminantes, tais comos os bovinos, búfalos, ovelhas e cabras, consequência da fermentação do alimento no rúmen, que também está associado ao tipo de dieta, idade e temperamento dos animais.

O problema é que esse elemento produz 50 vezes mais efeito estufa do que o gás carbônico, , apesar de sua meia vida ser de 12 anos, enquanto a do gás carbônico cerca de 100 anos Portanto, é algo que deve ser controlado, ainda mais com a intensificação das mudanças climáticas.

Tecnologia ajuda a reduzir a emissão do gás metano no agro

De fato, a aplicação de tecnologia na agropecuária tem impacto relevante na emissão do gás metano e, atualmente, especialistas já afirmam que os rebanhos bovinos não são a causa principal do aquecimento global.

Nos últimos anos, a pegada de carbono vêm melhorando com a adoção, principalmente, de três práticas sustentáveis: sistemas integrados de produção, aditivos para os animais e técnicas relacionadas ao aumento da eficiência produtiva e alimentar do rebanho, 

Investir em melhorias dos índices produtivos significa menor gasto energético, menos carbono sendo perdido na forma de metano. Melhorar a qualidade da dieta oferecida ao rebanho, oferecer alimentos menos fibrosos, os chamados concentrados, e selecionar melhores forrageiras é uma das formas de se diminuir a emissão de metano.

É sabido que animais mais reativos produzem mais metano, portanto, investir no melhoramento genético e na doma racional, priorizando animais mais dóceis e precoces, significa reduzir as emissões de metano.

Além disso, existem aditivos que já estão em uso e podem diminuir em até 90% a emissão de metano,  por meio do aumento da digestibilidade do alimento fornecido  De forma geral, melhorar o desempenho produtivo do rebanho significa diminuir a idade ao abate, fazendo com que estes animais passem menos tempo produzindo metano.

Outra forma de mitigar a emissão de gás metano pela pecuária é realizar o tratamento das excretas por meio de biodigestores, podendo gerar energia a ser aplicada na fazenda reduzindo a necessidade do uso de combustíveis fósseis.

No fim das contas, a pecuária não está gerando uma nova leva de gás metano, mas apenas emitindo carbono que já estava na atmosfera, podendo, inclusive, adquirir um papel de sequestrar carbono, por meio dos sistemas integrados de produção O grande diferencial é que, mesmo nesse contexto, a produção não para de crescer e ganhar eficiência. A tendência é que, com a expansão da agricultura digital, os resultados continuem impressionando, e a emissão de metano por quilo de carne produzido seja cada vez menor. 

Nova call to action

Agronegócio tem papel fundamental na segurança alimentar

Um ponto que não pode ficar de fora do debate é a segurança alimentar. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), por exemplo, haverá um aumento de 60% na demanda por produtos agrícolas nos próximos 30 anos.

Sem dúvida, o agronegócio brasileiro terá participação decisiva para suprir essa demanda. Em questão de décadas, o país passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores de diversos alimentos. Mais do que números, há ganhos de eficiência, que estão em linha com essa evolução tecnológica.

É verdade que o agronegócio ainda tem espaço para melhorar, mas a sua participação não deve ser subestimada. Durante as discussões sobre o aquecimento global, há um estigma contra esse segmento da economia.

Porém, essa atividade é fundamental para a economia e o seguro contra a fome. Ou seja, as emissões precisam diminuir, mas sem esquecer o papel do agro na segurança alimentar do planeta.

Para as empresas que atuam direta ou indiretamente com o agronegócio, a redução nas emissões do gás metano deve ser um compromisso em todo o supply chain. Com a digitalização da cadeia de valor, é possível privilegiar fornecedores que adotam as melhores práticas, por exemplo.

Além dos resultados financeiros e da busca pela sustentabilidade do mercado, essas iniciativas ainda evitam riscos financeiros e reputacionais. Quer saber como a Agrotools pode ajudar o seu negócio a estar em linha com as melhores práticas ESG? Então conheça as nossas soluções digitais!


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