Inovação e sustentabilidade frente à crise global de segurança alimentar
15 de agosto de 2022
Tempo de Leitura: 8 minutos
A crise global de segurança alimentar é um problema da humanidade que vem se agravando, sendo foco do sétimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Essa crise se deve a vários fatores, incluindo mudanças climáticas, crescimento populacional, guerras e pandemia. Como resultado, 9,8% da população global está passando fome.
O relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022, lançado pela ONU, aponta que o número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, uma alta de cerca de 46 milhões desde 2020.
E o Brasil tem importante contribuição a oferecer na melhoria desse cenário, para que todos tenham acesso garantido a alimentação adequada. Segundo o Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somos o 3º país produtor de alimentos do mundo, atrás somente dos Estados Unidos e da China.
Para enfrentar essa crise, precisamos desenvolver e aplicar inovações no sistema agrícola para otimizar a cadeia produtiva de alimentos, preservando nossos recursos naturais com base nos critérios de sustentabilidade e qualidade de vida. Uma maneira de fazer isso é usando inovação e desenvolvimento sustentável para mitigar riscos socioambientais junto aos territórios rurais.
Por exemplo, o Big Data pode ser usado para análises digitais, automatizadas e acessíveis, monitorando a produção de ponta a ponta, incluindo não apenas dados da propriedade como também de terceiros, como fornecedores, parceiros, consumidores e entidades governamentais.
Adotar soluções tecnológicas também permite realizar análise socioambiental completa de um território, visando o compliance com regulamentações nacionais e internacionais em linha com a agenda ESG e outras tecnologias que permitem reduzir o impacto ambiental dentro de uma eficiente cadeia produtiva. Além de atender a diversas necessidades do agronegócio.
Dando continuidade a nossa série de artigos sobre os ODS, exploraremos algumas das iniciativas que as empresas podem adotar para auxiliar no enfrentamento da crise global de segurança alimentar, melhorando o acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para todas as pessoas durante todo o ano.
Primeiro passo: a ESG ajuda enfrentar crise global de segurança alimentar, incentivando a agricultura sustentável
A agricultura sustentável é aquela que visa atender às necessidades nutricionais da população mundial de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável. É uma abordagem holística para o agronegócio que considera a economia circular, o impacto ambiental, social e econômico de todas as atividades agrícolas.
A agricultura sustentável pode ser dividida em três abordagens principais: orgânica, regenerativa e digital. Vamos explorar como cada uma dessas abordagens pode ajudar a enfrentar a crise global de segurança alimentar.
Agricultura orgânica
Basicamente, agricultura orgânica é um sistema de produção que se baseia em princípios ecológicos, biológicos e sociais. Seus objetivos são melhorar a saúde do solo, conservar a água, promover a biodiversidade, reduzir o uso de insumos químicos e energia, além de garantir a segurança alimentar e o bem-estar animal.
A agricultura orgânica é regulamentada por leis nacionais e internacionais que determinam quais produtos podem ser usados e como eles devem ser produzidos. Essas leis também estabelecem os critérios que os produtores devem atender para receber o selo de certificação orgânica.
Pode ajudar a enfrentar a crise global de segurança alimentar de várias maneiras, a agricultura orgânica pode aumentar a produtividade do solo e reduzir o uso de insumos químicos e energia. Além disso, ela promove a biodiversidade, reduzindo os riscos de doenças e pestes.
De fato, a agricultura orgânica é mais resiliente às mudanças climáticas do que a agricultura convencional, pois os solos orgânicos são mais ricos em nutrientes com maior capacidade de retenção de água.
Agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa é um conjunto de práticas que visam restaurar e manter a integridade dos ecossistemas naturais. Ela se baseia em quatro pilares: diversidade, resiliência, autonomia e sustentabilidade.
As práticas regenerativas podem incluir plantio em sistemas agroflorestais, manejo de herbívoros, compostagem e outras técnicas que visam aumentar a produtividade do solo, conservar a água e promover a biodiversidade. O que contribui diretamente para o enfrentamento da crise global de segurança alimentar.
Agricultura digital
A agricultura digital é o uso da tecnologia para melhorar as práticas agrícolas. Ela pode incluir o uso de sensores para monitorar o solo e as plantas, bem como o uso de drones e outras tecnologias para aplicar insumos e realizar outras tarefas.
Na prática, a agricultura digital auxilia para vencermos a crise global de segurança alimentar de várias maneiras. Primeiro, ela ajuda na eficiência da produção de alimentos. Isso significa que eles podem produzir mais com menos insumos, o que é importante para manter os custos baixos e maximizar os lucros de um território rural.
Além disso, com a adoção da agricultura digital é possível ajudar a melhorar a qualidade dos alimentos. Os consumidores hoje estão cada vez mais preocupados com a saúde e bem-estar, e buscam alimentos mais nutritivos.
A tecnologia ajuda a monitorar as condições do solo e das plantas, para que medidas possam ser adotadas, visando garantir produtos que atendam às expectativas dos consumidores.
Por fim, a agricultura digital também pode contribuir para o combate às mudanças climáticas, uma vez que o impacto das alterações climáticas estão afetando a produtividade dos territórios rurais em todo o mundo, e isso pode ampliar a escassez de alimentos.
Próximo passo consiste na inovação através da adoção da gestão ambiental e territorial
A gestão ambiental e territorial é um conjunto de práticas que visam garantir o uso sustentável dos recursos naturais. Ela se baseia em quatro pilares: planejamento, monitoramento, participação e educação.
No combate a crise global de segurança alimentar, a gestão ambiental e territorial é importante porque ela pode ajudar no planejamento agrícola e melhor gerenciamento dos recursos naturais. Como mencionado acima, as mudanças climáticas estão afetando a eficiência da cadeia produtiva, contribuindo assim com a escassez de alimentos.
A gestão ambiental e territorial tem sido necessária para garantir que as melhores práticas para a produção sustentável de alimentos estejam de acordo com requisitos nacionais e internacionais e critérios ESG. Isso é fundamental, uma vez que a falta de boas práticas podem causar danos ambientais irreversíveis, agravando assim, a crise de segurança alimentar.
Na prática, a Gestão Ambiental e Territorial adota recursos de inovação tecnológica, a exemplo do monitoramento digitalizado, para que cada prática agrícola seja executada em conformidade a critérios socioambientais, respeito às leis e direitos dos trabalhadores do campo, nunca utilizando mão-de-obra infantil ou trabalho análogo ao escravo, além de sobreposição com áreas de conservação, terras indígenas e quilombolas.
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Além disso, com as soluções do atmarket, o Marketplace de Tecnologia da Agrotools, é possível, entre outras necessidades, comprovar as melhores práticas ambientais no seu negócio, com base nos critérios ESG, expandindo seu mercado e tendo fácil acesso aos melhores investimentos.
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Além de ajudar o agro em sua missão de se modernizar para fazer frente às necessidades globais de alimentos, sempre considerando a preservação dos recursos naturais.
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